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Candidata do PSD a Lisboa diz que recebeu "apoio" de Marcelo. Presidente desmente e fala em "manipulação"

29 set, 2017 - 19:55

Presidente da República cruzou-se com uma acção de Teresa Leal Coelho no última dia da campanha para autárquicas, avança o "Observador". Marcelo Rebelo de Sousa disse à Renascença que foi só um cumprimento, desmentindo o apoio a qualquer candidatura.

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apareceu esta sexta-feira na campanha do PSD de Lisboa para dar uma “palavra amiga, de apoio”, afirma a candidata Teresa Leal Coelho ao jornal “Observador”. Horas mais tarde, a social-democrata esclareceu as suas próprias declarações.

O breve encontro aconteceu no final de uma arruada, na zona do Príncipe Real, quando a candidata social-democrata fazia uma pausa neste último dia de campanha para as autárquicas de domingo.

De acordo com o "Observador", Teresa Leal Coelho soube que o Presidente da República estava a passar de carro e ficou à espera de Marcelo Rebelo de Sousa.

Um curto vídeo de 13 segundos mostra a viatura parada na estrada e Marcelo a cumprimentar uma popular que e o interpelou.

Teresa Leal Coelho também lá está, sorri e despede-se do Presidente da República.

O "Observador" relata que Marcelo e a candidata do PSD trocaram algumas palavras e que a conversa não durou mais do um minuto.

"Conversámos sobre como é que estava a decorrer a campanha e se eu estava animada para domingo. Eu disse que sim, que estou muito animada para domingo e que estou muito orgulhosa da campanha que fiz. Veio dar-me uma palavra amiga, de apoio. É isso que os amigos fazem”, disse Teresa Leal Coelho ao jornal.

Presidente reprova qualquer tentativa de aproveitamento

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse à Renascença que foi só um cumprimento, desmentindo o apoio a qualquer candidatura.

Num esclarecimento entretanto publicado no site oficial, a Presidência da República refere que, "como é evidente, o Presidente da República não apoia nenhuma candidatura eleitoral e reprova qualquer tentativa de aproveitamento ou manipulação da sua posição".

"Esta tarde, quando se dirigia da Igreja do Loreto para Belém, cruzou muitos lisboetas em diversas acções de campanha, de pelo menos três partidos, que saudou como sempre faz; quando estava no carro parado no trânsito, cruzou uma quarta candidatura, tendo a cabeça de lista atravessado a rua para o cumprimentar. Nada neste encontro autoriza qualquer interpretação de apoio específico", sublinha a nota.

Afinal, foi só "palavra amiga"

Horas mais tarde, Teresa Leal Coelho esclareceu que o Presidente não manifestou apoio à sua candidatura e apenas deixou uma "palavra amiga".

m declarações à RTP, Teresa Leal Coelho começa por explicar que o encontro desta sexta-feira com Marcelo Rebelo de Sousa, numa rua de Lisboa, “foi casual”.

“Eu estava a terminar uma arruada no Príncipe Real, o Presidente da República passou e eu fui cumprimentá-lo. É sempre bom com cumprimentá-lo, trocámos palavras amigas e não tem mais história do que isto”, garante a candidata social-democrata.

[notícia actualizada às 23h08]

Comentários
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  • Carlos Moraes
    30 set, 2017 Óbidos 17:13
    O militante partidário em época de eleições autárquicas é o maior exemplo de acefalia aguda. Entendam que os politicos andam todos às turras em público mas em privado, esquerda e direita, convivem, planeiam, arquitectam poderes e cedências. Teresa Leal Coelho em Lisboa é para perder. Grabiela Canavilhas em Cascais (ou em qualquer sitio) só pode ser piada. E assim por diante nos principais concelhos onde não há independentes de peso. Não se iludam os que andam a dizer " vai ser a maior derrota de..." ou "vai ser uma vitória esmagadora de..." como se isso fosse indicativo de vitória partidária. Vai ser como alguns quiseram que fosse e o resto é para tanso acreditar.
  • André
    29 set, 2017 Lisboa 23:42
    É o problema das candidatas do PSD e do CDS terem mais de 400 jornalistas a acompanhá-las em qualquer acção de campanha. Com tanta centena de jornalistas a seguir as actividades, apanham tudo e mais alguma coisa... pelo bem e pelo mal.
  • Antonio Valente
    29 set, 2017 Sintra 22:52
    Ainda vão morrer os dois a Teresa e o Passos com um ataque de MIXOMATOSE
  • Sentir ou não sentir
    29 set, 2017 lisboa 22:26
    Se para Marcelo parar o carro numa rua no Principe Real em frente a Teresa Leal e cumprimenta-la com um sorriso nos lábios em plena campanha não significou apoio, para a candidata pode ter significado...e agora? quem é que manda nos sentimentos das pessoas? alguém tem alguma coisa a vêr com aquilo que Teresa Leal sentiu? Sr Presidente os sentimentos não se desmentem sentem-se!
  • maria
    29 set, 2017 lx 22:26
    Escreva aqui o seu comentário... cuidado com as urnas préviamente recheadas. Existem 2 partidos que são peritos nisso. numas eleições no porto para uma distrital fizeram isso.
  • Cidadao...
    29 set, 2017 Viseu 22:24
    Bem, o PR apoia, alias esta sempre a "apoiar", seja quem for, a qualquer momento. Aqui nao ha novidade.
  • troc
    29 set, 2017 evora 22:13
    O Sr Carreiras em Cascais mentiu assim como expresso o investimento que a Nestlé ia fazer no seu concelho, o Sr Vistas o centro de A Rendimento dos lampiões em terreno de reserva nacional em oeiras e agora a tia Teresa Leal Coelho diz que o tio Marcelo a apoiou se verdade a tia tem ed desmentir , realmente o PSD está cheio de grandes mentiroso começando no patrão .
  • Carlos
    29 set, 2017 lisboa 21:55
    Se o cumprimento de Marcelo significou apoio para Teresa Leal ninguém tem nada a vêr com isso .. Para Marcelo não significou apoio mas para Teresa Leal significou. Pronto já está.
  • ANDRE V.
    29 set, 2017 OUREM 21:42
    Aproxima-se a maior derrota eleitoral de todos os tempos por parte do PSD
  • carlos almeida
    29 set, 2017 Lisboa 21:41
    A Teresa Leal Coelho já disse que queria ficar na campa ao lado do Passos Coelho. Será o funeral politico dos Coelhos.

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