21 set, 2017 - 13:46 • Pedro Filipe Silva
D. José Traquina, bispo auxiliar de Lisboa e também membro da comissão episcopal da pastoral social e mobilidade humana, sublinha a necessidade da Igreja promover, junto dos jovens, a vida em família.
“O futuro passa pela juventude e portanto trata-se de, junto dos jovens, perspectivar capacidade e de valorizar vidas humanas em família e em sociedade e não os deixar a tremer de medo. Temos jovens que quando se pensa num qualquer compromisso futuro é um drama, treme-se de medo. Adiam-se compromissos como se isso fosse um drama. Um compromisso é uma afirmação de liberdade e gera liberdade”, sublinha D. José Traquina.
Já para o sociólogo Paulo Francisco os jovens procuram viver o amor sem as normas e constrangimentos que a Igreja impõe. “Continuamos, a nível de Igreja e a nível de pastoral, muito presos às normas aos constrangimentos, às regras. Os jovens, mais do que ninguém, procuram viver o amor sem esses constrangimentos e daí as opções que hoje se verificam, por coabitação, por casamentos fora da Igreja Católica. É um caminho que eles vêem como possível, para viver o amor, mas sem os constrangimentos e as normas de uma doutrina, que para eles já está desadequada do tempo que vivem.”, sublinha.
A família e os seus problemas foram matéria de reflexão durante três dias no Encontro de Pastoral Social, sob a inspiração da exortação apostólica “Amoris Laetitia”.