18 set, 2017 - 14:39
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A presidente do CDS, Assunção Cristas, pede ao Governo que aperte a malha na fiscalização do Rendimento Social de Inserção (RSI).
"Não achamos admissível que haja uma renovação automática do Rendimento Social de Inserção sem uma fiscalização ou escrutínio sobre a manutenção das condições de necessidade. O CDS sempre foi a favor a se dar o rendimento a quem dele precisa, mas sempre foi a favor de uma grande fiscalização", argumentou a líder centristas, durante uma acção de campanha em Lisboa, que começou na Estrela e acabou em Santos.
Assunção Cristas diz que ouve queixas "todos os dias". "Ainda hoje, em Entrecampos, vinha uma senhora dizer-me que trabalhou a vida toda para ter uma pensão de 375 euros e ao seu lado há pessoas com grandes carros e que vivem do Rendimento Social de Inserção e não fazem nada", disse.
"Isto é chocante para as pessoas", enfatizou a líder do CDS e candidata a Lisboa, sublinhando a necessidade de "garantir que este apoio existe para aquele que dele precisam e não é aproveitado indevidamente por quem dele não precisa".
Desagravar escalões do IRS "faz sentido"
Assunção Cristas admite viabilizar o desagravamento fiscal em todos os escalões do IRS prometido pelo ministro das Finanças, sublinhando que nas medidas que "faziam sentido para os portugueses" os centristas têm votado favoravelmente.
"O CDS teve em todas as medidas do Orçamento do Estado que faziam sentido para os portugueses uma posição favorável, em muitas foi contra e em muitas absteve-se", declarou.
A líder centrista, que já tinha defendido uma baixa de impostos em todos os escalões do IRS, numa intervenção há mais de uma semana, disse o partido não tem qualquer problema "em votar pontualmente medidas que pareçam oportunas".
"Votámos, por exemplo, também as medidas relacionadas com o fim da sobretaxa que, aparentemente, só com este Orçamento do Estado é que vai terminar. As nossas votações têm sido consistentes com aquilo que é importante para os portugueses, nomeadamente, ao nível do desagravamento fiscal", argumentou.
Assunção Cristas disse que também gostaria "de ver o PS a aprovar as propostas do CDS de desagravamento fiscal, que foram apresentadas em anos de anteriores, por exemplo em matéria de IRC ou de rendimentos prediais para promoção do arrendamento de longa duração".
"Parece que agora chegaram a esse tema, já perderam dois anos em que podiam ter aprovado as propostas do CDS nessa matéria", sublinhou.