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Aterragem de emergência de aeronave ligeira faz dois mortos na Costa de Caparica

02 ago, 2017 - 17:02

Os pilotos saíram ilesos do acidente e estão a ser interrogados pelas autoridades.

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Queda de aeronave na Caparica. “Houve um estrondo enorme e ouvi crianças a gritar”
Queda de aeronave na Caparica. “Houve um estrondo enorme e ouvi crianças a gritar”

Duas pessoas morreram esta tarde na praia de S. João, na Costa de Caparica, em Almada, na sequência da aterragem de uma aeronave. Ao que a Renascença apurou as vítimas são um homemde 56 anos e uma menina de oito anos que se encontravam no areal. Não há parentesco entre as vítimas.

Há ainda a registar um ferido ligeiro que foi assistido no local e que não corre risco de vida.

A aeronave que aterrou de emergência é um Cessna 152 de dois lugares, que pertence ao aeroclube de Torres Vedras, e que estava emprestado à escola de Cascais.

"Temos a confirmação que duas pessoas que foram colhidas pela avioneta e morreram no local. As vítimas são um homem e uma criança, de oito anos", do sexo feminino, disse à Lusa o comandante Pedro Coelho Dias, porta-voz da Autoridade Marítima Nacional (AMN).

Segundo a mesma fonte, os dois tripulantes da avioneta saíram ilesos da ocorrência e já estão a ser ouvidos pela Polícia Marítima, não existindo registo de mais feridos. Este incidente será também invetsigado pelo gabinete dos acidentes de aviação.

Ao que tudo indica, a aterragem no areal da Costa de Caparica ocorreu durante uma aula de aviação sendo que dentro do Cessna seguia o instrutor e o aluno.

No local estão quatro ambulâncias, uma viatura de apoio e elementos da Polícia Marítima, com o comandante Pedro Coelho Dias a referir que também já foi contactado o Centro de Busca e Salvamento Aéreo.

Há 30 operacionais e 13 veículos no local. Os familiares das vítimas já estão a receber apoio psicológico.

Comentários
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  • ANTONIO
    03 ago, 2017 Lisboa 18:52
    À redação da Renascença, caso as autoridades necessitem de testemunhos oculares do sucedido, terei toda a disponibilidade para participar.
  • ANTONIO
    03 ago, 2017 Lisboa 18:43
    Assisti de perto e sei do que estou a falar, durante a descida a aeronave esteve sempre equilibrada, tendo a aterragem sido executada de forma "exemplar" pelo piloto. A visibilidade era total e o piloto teve a plena noção das dezenas de pessoas e crianças que estavam à sua frente na "pista" de areia, enquanto na água (fria) ninguém nadava para além de 4/5 metros da margem, ou seja a escassos 15 metros na rota lateral direita a amaragem tinha sido possível sem qualquer vitima terceira. A amaragem não significa a morte dos pilotos/ocupantes da aeronave, aliás é a manobra recomendada pelas normas da aviação civil em circunstancias idênticas. Lamento, mas não consigo ficar calado, quer pelas vitimas, quer pela justiça que neste caso, e no limite, enquadra esta situação num homicídio por negligência. Trata-se de um instrutor de voo que certamente assumiu o comando e tomou todas as decisões deste que se verificou a falha do motor, o mesmo indivíduo que comunica a situação e planeia aterrar na praia! Julgo que entre aterrar em cima de dezenas de pessoas e certamente causar um elevado numero de vitimas, incluindo a sua própria caso o trem da aterragem se partisse, ou amarar e eventualmente ficar ferido ou mesmo morrer, a diferença são as vidas de terceiros em detrimento de um eventual menor risco para a sua própria vida. Lamento, mas é pura cobardia, agravada pelo facto de se tratar de um instrutor! Alguém cita a playstation, mas o que este instrutor fez foi "jogar" com a vida alheia
  • Alberto Sousa
    03 ago, 2017 Montijo 12:40
    Sem dúvida que foi uma atitude sensata. Justiça popular, não resolve problemas, nem daria vida a quem morreu. Foi uma rota fatídíca a que o piloto e o seu instruendo escolheram. A rota normal passaria perto do Montijo, onde poderiam fazer a aterragem de emergência, sem causar vitimas. A menos que a não pudessem utilizar, pela proximidade, do aeroporto da Portela, e das rotas da aviação comercial. Mas adivinhar é proíbido, e a lei da causa e do efeito, estava presente nesse momento. Para salvar o aparelho, e a vida de quem o tripulava, escolheram o local errado para aterrar. Nunca numa praia cheia de banhistas. Admira como não houve maior numero de mortes. Ainda irão rolar mais cabeças, como é possível por um aparelho no ar, sem verificar se tudo está em ordem, e a funcionar correctamente. Ha-de haver alguem responsavel, pelo facto de o motor do aparelho deixar de funcionar, e ele entrar em queda. Planar ainda consegue durante um certo tempo. Mas só com uma certa altitude se consegue. Tudo o que sobe, tem de descer. A propósito, existe já sistema de para quedas para este tipo de aparelhos Chama-se sistema CAPS, e já foram salvas algumas dezenas de vidas com ele. Por que não ser obrigatório o uso deste recurso? Para segurança dos que caem lá de cima, e dos que estão cá em baixo e lhes cai um aparelho em cima. . vejam o videohttps://newsavia.com/mais-3-vidas-salvas-pelo-sistema.../MUNDO DE GENTE CRETINA. NOVA ORDEM MUNDIAL, É PRECISA URGENTE.
  • Hugo
    03 ago, 2017 Lisboa 11:41
    Para começar o INAC deveria suspender de imediato a licença a estes dois senhores. Faz parte da formação dos pilotos de aviação aterrar aeronaves sem motor, fazem-no bastantes vezes todos os dias nos aeródromos. O avião estava desgovernado? Não. Se estivesse decerto que o piloto não tinha control para o conseguir pousar quase que numa aterragem perfeita na areia, faltou-lhe um pouco de motor para que aquela asa não tivesse partido quando atingiu o chão. O que resta? Duas famílias destroçadas e um piloto experiente mas cobarde que contra as regras da aviação preferiu salvar a sua pele em detrimento de assassinar duas pessoas. Cadeia com esse senhor por homicídio voluntário.
  • Antonio
    03 ago, 2017 Lisboa 11:34
    Assisti de perto a esta tragédia, desde que a aeronave começou a descer sobre a praia até imobilizar a menos de 10 mtr do local onde me encontrava. A maré estava baixa e dezenas de pessoas estavam na zona de areia molhada. Vi a aeronave a descer num voo aparentemente normal, a cerca de 20 metros de altitude, pensei que o piloto era um doido iresponsável, ao fazer uma passagem à baixa altitude sobre a praia. Mas o aparelho continuou a descer, ajustado a direcção em relação ao areal, não vou descrever as imagens da violência, da fragilidade humana, naqueles 5 segundos em que tudo aconteceu. O título deste artigo refere que a amarar é dificil, quase como a justificar a decisão do dito instrutor com milhares de horas de voo! Mas não há justificação para o sucedido, apenas a mais desprezível cobardia, de quem concientemente escolhe usar a vida de dezenas de pessoas em detrimento da incerteza do seu bem estar ao amarar. Repito que a descida foi efectuada com total controlo da direcção do aparelho, espero que a auditoria técnica assim esclareça, e a justiça actue exemplarmente!
  • Martins
    03 ago, 2017 Lisboa 11:21
    Grande parte destes comentários são de pessoas que não fazem a mínima ideia do que estão a falar, desconhece-mos o que aconteceu ao certo. Pilotar uma aeronave parece facil na playstation, mas a verdade é bem diferente, não é como um carro em que se encosta na berma e se liga os 4 piscas, existem decisões que tem de ser feitas em segundos, que podem ter consequencias drásticas como foi o caso, agora acusar de cobardia os pilotos e comentários como (dois processos ia para a cadeia e acabou-se!) é triste... À conta de comentários como (dois processos ia para a cadeia e acabou-se!) é que existem pessoas inocentes a cumprir penas injustamente. Não se fala do que não sabe, no mínimo tenta-se informar. Foquem-se agora no importante, que é o apoio Psicológico ás vítimas. Os meus sentimentos para os familiares das vítimas.
  • 03 ago, 2017 02:05
    dois processos ia para a cadeia e acabou-se!
  • Filipe
    02 ago, 2017 évora 23:37
    Só existe mão da Justiça Portuguesa quando estes casos e os relacionados com mortes em estradas com viaturas , forem tratados com penas pesadas de prisão e efetivas SEMPRE . Pois , o que existe agora mesmo com um tipo ou uma tipa carregada de droga que mate alguém ou incapacite terceira pessoa , é tratada como : Aconteceu e pena suspensa de dois anos ... como fosse repetir mais tarde este assassinato de igual forma , não repete e sai a ganhar na Justiça PODRE que existe hoje em Portugal . Não existe dúvida ; Pena pesada para estas atrocidades e mais nada !
  • Faustino Fernandes
    02 ago, 2017 Quinta do Anjo 22:58
    Eu não sou piloto,só sou condutor de automóveis à mais de 50 anos. Mas pergunto, a avaria do bimotor não foi quando chegou à praia, foi antes, pelo que já entendi nas imagens que vi e o que li. Pergunto, porque não levou( o piloto e não o aluno ) a aeronave no sentido longitudinal na água ? Porquê no sentido da praia? Não viram os banhistas? não era de noite eram 17 horas, ainda o sol brilha. Tenho dito, nem na praia se está seguro.
  • tuga
    02 ago, 2017 norte 22:12
    tudo indica que preferiu aterrar na praia e salvar a pele...... tal individuo não devia ser piloto..... se não é cobardia... não sei o que será......

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