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Marcelo Rebelo de Sousa: Tragédia atingiu "aqueles portugueses de quem menos se fala"

18 jun, 2017 - 20:31

Presidente da República diz que esta é uma "hora de dor sem medida, mas também de combate" ao trágico incêndio em Pedrógão Grande. Marcelo compreende as interrogações que se colocam neste momento, mas agora é preciso concentrar esforços na ajuda às vítimas e no combate às chamas.

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Marcelo Rebelo de Sousa: Tragédia atingiu "aqueles portugueses de quem menos se fala"

Em directo: Toda a informação sobre Pedrógão Grande e outros incêndios


Os trágicos incêndios florestais em Pedrógão Grande atingiram "aqueles portugueses de quem menos se fala", disse o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, numa declaração ao partir do Palácio de Belém.

“Nesta hora, há também interrogações e sentimentos que não podem deixar de nos angustiar, a começar por um sentimento de acrescida injustiça, porque a tragédia atingiu aqueles portugueses de quem menos se fala, de um país rural, isolado, com populações dispersas, mais idosas, mais difíceis de contactar e de salvar”, reconheceu o chefe de Estado.

“Guardemos, contudo, no imediato este e outros sentimentos que legitimamente nos sobressaltam, inconformistas que somos, no mais fundo do nosso coração, sem os esquecermos", apelou.

O Presidente pede que, agora, o país concentre os seus esforços no essencial: "prosseguir o combate em curso, manter e alargar de forma activa e consequente a nossa solidariedade a quantos sofreram e ainda sofrem a tragédia, demonstrando que nos instantes mais difíceis da nossa vida como nação, somos um só, por Portugal”.

Hora de dor e de luta

Portugal vive uma "hora de dor, mas também de combate", disse Marcelo Rebelo de Sousa nesta declaração ao país.

"A nossa dor neste momento não tem medida, tal como a nossa solidariedade para com os familiares das vítimas da tragédia de Pedrógão Grande", afirmou o chefe de Estado que promulgou três dias de luto nacional.

Marcelo Rebelo de Sousa considera que esta é uma hora muito difícil para Portugal, mas também de "resistência e ânimo renovado e redobrado".

"Para bombeiros, Protecção Civil, INEM, GNR, Polícia Judiciária, Forças Armadas, autarquias locais, estruturas de saúde e sociais, povo anónimo, a nossa ilimitada gratidão e o nosso incondicional apoio".

Esta é uma hora de combate às chamas, mas também de realojamento das cerca de 150 pessoas que ficaram sem casa, salientou.

De acordo com o último balanço, o incêndio de Pedrógão Grande provocou 61 mortos e 62 feridos. O fogo teve início no sábado e ainda continua a lavrar, com quatro frentes activas.

Comentários
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  • otário cá da quinta
    19 jun, 2017 coimbra 12:37
    É verdade sr. Presidente, são sempre os pequenos e que levam a vida a trabalhar que gramam com tudo o que é de mau neste país. OLHE SR. PRESIDENTE , porque não ACABAR COM A MAMA QUE OS PARTIDOS TÊM, QUE POR CADA VOTO QUE TÊM EM ELEIÇÕES e também os candidatos a P.R., recebem um X por voto e que esse dinheirito ( ! ) ficasse nos cofres do ESTADO (QUE NÃO LEVASSE DESCAMINHO ), para acudir a situações destas ? PORQUE HAVEMOS DE CONTRIBUIR PARA CLUBES, NESTE CASO PARA PARTIDOS que apenas lutam pelos interesses dos seus correligionários . Quem quer clubes que os sustente.
  • Luis
    19 jun, 2017 Ls 02:51
    Um autêntico palhaço este PR. Com esta situação perdi todo o respeito que tinha por ele. Nem um único comentário sobre a falta de prevenção ! Uma autêntica vergonha, este país, que permite que 60 civis morram por causa de um incêndio florestal !
  • Rosinda
    19 jun, 2017 palmela 00:47
    Tres dias de luto nacional nao adianta nada e so fachada! temos 62 mortos e 61 feridos e a seguir temos o difinhar de muitas familias que que perderam os seus ente queridos!
  • JULIO
    18 jun, 2017 vila verde 21:14
    Que vergonha um PR que està grato a todas as foças que falharam isto é uma falta de respeito pelas vitimas

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