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Aumento de comissões bancárias preocupa Autoridade da Concorrência

07 jun, 2017 - 09:16

"Preocupa-nos perceber se existe algum tipo de concertação ilegal entre as empresas", afirmou Margarida Matos Rosa, numa audição parlamentar.

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A presidente da Autoridade da Concorrência (AdC) manifestou “preocupação” com as comissões cobradas pelos bancos, por o seu foco estar no consumidor, acrescentando ter “muita preocupação” pela hipótese de existir uma “orientação que leve a um aumento de preços”.

“[As comissões] É algo que nos preocupa, porque o nosso foco está no consumidor e, portanto, quando vemos os preços a aumentar, preocupa-nos perceber se existe algum tipo de concertação ilegal entre as empresas, mas também temos que perceber se há algum tipo de intervenção nomeadamente dos reguladores sectoriais que possa levar a este tipo de comissões”, afirmou Margarida Matos Rosa, numa audição em comissão parlamentar na terça-feira.

Aos deputados, a responsável repetiu por diversas vezes a aposta no “início de diálogo” com os reguladores, nomeadamente com o Banco de Portugal.

“Nós temos missões diferentes, portanto, podem levar a orientações diferentes ao sector. Preocupa-nos muito que possa haver uma orientação que leve a um aumento de preços para o consumidor sem que as empresas do sector possam exercer livremente concorrência entre si”, assinalou.

Na Comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, a responsável acrescentou ainda que “formalmente pode não haver uma indicação taxativa do aumento das taxas, pode haver uma indicação, uma recomendação que leve ao aumento das comissões e que seja contrária à concorrência”.

Margarida Matos Rosa sublinhou que durante este ano pretende aumentar o diálogo, “e de maneira definitiva daqui para a frente”, com a supervisão na área financeira.

“Deste diálogo farão parte certamente questões como preços, preço aos consumidores, e as comissões fazem parte desse lote de preços e certamente teremos que perceber se esse preço é fixado de maneira independente ou se é levado a subir por necessidades de melhores resultados das instituições bancárias e o papel activo, ou menos activo, do regulador, nessas subidas”, disse.

A líder da AdC revelou não estar a decorrer actualmente qualquer estudo sobre o assunto.

Para a responsável, não é necessário um “redesenho do modelo de supervisão nesta área, mas há necessidade de maior coordenação, no sentido de maior aproximação, no sentido de alertar para indícios de cartel em determinada área bancária, seguradora e alertar sobre barreiras à concorrência nestes sectores também”.

Comentários
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  • Manuel Serôdio
    07 jun, 2017 Marco Canaveses 14:48
    Mais uma do Pestinha do Banco Portugal.Este está ali para vender Portugal e arruinar os Portugueses. É um tipo de comissão liquidatária de Portugal.Ele quanto mais tempo tiver poder mais perto Portugal fica de tanga.Vai ser vendido aos outros Países europeus ao desbarato.
  • PJ
    07 jun, 2017 Castelo Branco 11:00
    Pois, como o início do pagamento mensal de comissões de manutenção de conta na CGD, a partir de setembro!!! Tenho não só de pagar o buraco com os meus impostos, como pagar o vergonhoso aumento do salário dos administradores com estas comissões! Quero passar a receber o ordenado em dinheiro e pago o empréstimo no balcão todos os meses, pode ser?
  • 07 jun, 2017 10:07
    Eu também estou muito preocupado, mas que posso fazer a não ser assistir ao roubo impune de que sou vítima?. A AC não pode manifestar preocupações, ainda por cima serodias, tem de agir, com ou sem concertação, protegendo de forma efectiva os consumidores. Quanto ao BdP, estamos falados, só pensa em garantir chorudos ordenados, regalias e reformas aos seus, a questão das comssões bancárias não lhe passa ao lado porque não as pagam, para isso temos os pançudos e pobres portugueses, os que menos ganham e mais pagam.
  • Luis
    07 jun, 2017 Beja 09:56
    A AdC é uma organização fictícia, que não serve para nada, excepto para distribuição de tachos para os boys do PS, PSD e CDS. É fácil de ver que existe concertação nas comissões bancárias, nos preços da energia, combustíveis e nas operadoras MEO e NOS.

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