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De Évora a Fátima, desportistas correm “quatro maratonas"

10 mai, 2017 - 23:43 • Rosário Silva

Seis amigos querem assistir à cerimónia do Papa Francisco no Santuário. Saíram terça-feira, uns a correr e outros de bicicleta.

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São de Évora e praticantes de desporto. Cinco a correr e um de bicicleta, os seis amigos saíram da “cidade-museu” pela ecopista, esta terça-feira, para percorrer uma distância equivalente a quatro maratonas. O objectivo é chegar à Cova de Iria, Fátima, na sexta-feira onde pretendem assistir às cerimónias presididas pelo Papa Francisco.

“Há um misto de sentimentos. Por um lado, a fé que nos move e a oportunidade de poder ver este Papa e, por outro lado, este desafio que nos propomos de correr esta distância para testar, de alguma forma os nossos limites”, conta à Renascença, Tânia Silva.

Nesta aventura embarcam também Rita Barroso, José Luis Campeão, João Rodrigues, José Ginó e Ana Vieira Lopes (bicicleta).

A distância oficial de uma maratona é de 42,195 km, sendo mesmo considerada das mais difíceis e desgastantes provas do atletismo. Este grupo pretende fazer em quatro etapas o equivalente a “quatro maratonas”.

“Na primeira etapa que nos levou de Évora a Avis, onde temos a nossa equipa de apoio, alojamento, um carro e massagista, percorremos 48 quilómetros”, conta-nos Tânia que apesar da dureza da prova, afirma “estamos todos bem e com vontade de prosseguir”.

A segunda meta está marcada para Foros de Arrão (Ponte de Sor) e mais 45 quilómetros. Segue-se a Golegã, numa terceira etapa a cumprir na quinta-feira e, por fim, Fátima onde deverão chegar na sexta-feira, dia 12, por volta da hora de almoço. No total, o grupo de amigos deverá correr cerca de 180 quilómetros em quatro dias.

“Não se avizinha fácil tendo em conta que queremos fazer em quatro dias o que muitos atletas profissionais não fazem, mas acreditamos que vamos conseguir até porque a fé e as intenções que levamos ajudam-nos a querer chegar ao destino”, acrescenta Tânia Silva.

A mesma convicção é manifestada por Rita Barroso: “É duro, mas a fé e o desafio em si são suficientes para conseguir ultrapassar as dificuldades”.

De Terço ao peito, José Luís Campeão, considera que para além do desafio em si, “onde impera a camaradagem e a amizade, o carisma e o carácter Papa são também uma motivação”, considerando mesmo que esta será uma das corridas que “irá marcar o resto da minha vida”.

“Agora vamos com fé e sexta-feira receberemos a bênção do nosso papa Francisco”, remata João Rodrigues.

Ao desafio de ir mais longe, descobrir novos limites e ultrapassá-los, nesta aventura, os seis amigos associam a fé e o carisma de um Papa que está a chegar onde nenhum outro dos seus antecessores chegou: às periferias físicas e humanas.

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