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BPI corta cerca de 400 trabalhadores

10 mai, 2017 - 21:58

Funcionários com idade inferior ou igual a 55 anos podem aderir às rescisões. Já para as reformas antecipadas, o programa é destinado a quem tenha entre 55 e 65 anos.

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O BPI vai avançar com um processo de saídas de cerca de 400 trabalhadores, oferecendo o banco 2,5 salários por cada ano de trabalho a quem aceite sair por rescisão amigável, mas sem acesso a subsídio de desemprego, segundo informação sindical.

Segundo a nota que consta no portal na Internet da federação dos sindicatos dos bancários ligados à UGT (Febase), no final de Abril, em reunião com os dirigentes sindicais, a administração do BPI comunicou que "pretendia reduzir o número de efectivos através de um programa de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo".

Segundo disse à agência Lusa fonte sindical, a administração estima que neste processo saiam cerca de 400 pessoas.

No caso das rescisões por mútuo acordo, diz a informação disponível na Internet, o BPI propõe uma indemnização de 2,5 meses por ano de trabalho, acima do previsto na lei.

Contudo, alerta, "porque o BPI não é uma empresa em reestruturação, os trabalhadores que aceitarem a rescisão de contrato não terão direito ao subsídio de desemprego", ainda que mantenham acesso ao sub-sistema de saúde SAMS e condições benéficas nos créditos que tenham com o banco.

Os trabalhadores com idade inferior ou igual a 55 anos podem aderir às rescisões até 2 de Junho.

Já para as reformas antecipadas, o programa é destinado a quem tenha entre 55 e 65 anos.

Já era conhecido que o BPI, desde o início deste ano controlado pelo espanhol Caixabank, ia avançar com mais saídas de trabalhadores, reforçando a diminuição do quadro de pessoal que já aconteceu nos últimos anos.

No prospecto da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o BPI, o CaixaBank previa conseguir sinergias em três anos no valor de 120 milhões de euros, estimando que 35 milhões de euros sejam conseguidos com crescimento de receitas e 85 milhões com poupança de custos, parte importante com redução de 900 efectivos em três anos.

Já em abril, questionado sobre este tema, o futuro presidente executivo do BPI, o espanhol Pablo Forero, admitiu que o banco tinha agora mais dinheiro para promover saídas.

O BPI tinha, no final de março, 5.445 trabalhadores em Portugal.

O banco ainda tem formalmente como presidente executivo Fernando Ulrich, enquanto a nova equipa de gestão liderada por Forero aguarda a autorização do Banco Central Europeu (BCE).

Comentários
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  • duvidoso
    11 mai, 2017 Santarém 23:27
    «BPI corta cerca de 400 trabalhadores», será para transformar em salsichas?
  • KOSTA PANTOMINEIRO
    11 mai, 2017 Lx 10:06
    Mas estes 400 não vão a lista de desempregados do país...e assim se combate o desemprego neste jardim de felicidade do pantomineiro e vendedor da banha da cobra chamado Kosta e sua geringonça...Força kamaradas que vamos ter taxa zero de desemprego...
  • José Povoa
    10 mai, 2017 Vila do Conde 23:17
    Vão mandar o ulrich de férias ou para a reforma.Os Espanhóis para começar bem a gestão deviam começar por ulrich "aguenta,aguenta" um inimigo do povo.A sua continuidade é perniciosa para a marca BPI, talvez para o não. reformarem os Espanhóis perferem mudar de nome ao banco e poder ganhar dinheiro para continuar a pagar o ordenado milionário Mas têm que despedir mais para aguentar Ulrich.

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