Tempo
|
A+ / A-

Opinião

Paz e amor em Fátima com o Papa Francisco

10 mai, 2017 - 13:12 • Philip Jagnisz

Muitos peregrinos religiosos e não religiosos chegam a Fátima para fortalecer a sua fé, para encontrar a sua via para Cristo. Rezamos para que a canonização de Francisco e Jacinta enquanto novos santos da Igreja fortaleça as nossas almas.

A+ / A-
  • Philip Jagnisz é ortodoxo, vigário para Portugal e Galiza do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla

Muitas pessoas de diferentes origens étnicas e diferentes credos preparam-se para a chegada do Santo Padre. Ao mesmo tempo, no nosso mundo, predomina mais a violência que a paz.

“A religião é um fenómeno que tanto pode inspirar confiança, amor, alegria e admiração, como medo, terror, dor e sofrimento. E fá-lo através de narrativas que ou são comoventes ou aterrorizadoras, através de regras que ou são leves ou draconianas, e através de rituais que podem ser agradáveis ou infligir dor ou mesmo a morte”

O Santo Padre, um prelado muito pio da Igreja Católica Romana, e Sua Santidade o Patriarca Ecuménico Bartolomeu I de Constantinopla tomaram uma posição contra a violência simplesmente por serem exemplos de paz e amor.

A Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa são consideradas igrejas irmãs e continuam a abraçar-se em amizade procurando a unidade. “Nós, os Ortodoxos, acreditamos firmemente que o objectivo e razão de ser do Movimento Ecuménico e do Concílio Mundial das Igrejas é cumprir a oração final do Senhor, que “todos possam ser um” (Jo 17:21).

“Assim como na Igreja primitiva o sangue dos mártires foi a semente para novos Cristãos, que nos nossos dias o sangue de tantos mártires seja a semente da unidade entre os crentes, um sinal e instrumento de um futuro em comunhão e paz”.

As palavras destes dois grandes líderes que viajam pelo mundo na tentativa de encontrar vias de paz em completa harmonia.

Esta semana a Igreja Ortodoxa, com muitas outras pessoas que não são católicas, dará as boas-vindas ao Papa de Roma em Fátima. No dia 12 de Maio, 2017, irão iniciar as celebrações do 100.º aniversário das aparições da Bem-Aventurada Virgem Maria e no dia 13 de Maio o Papa Francisco canonizará os videntes Francisco e Jacinta Marto, tornando-os os mais novos não mártires a ser declarados santos.

Francisco, 10 anos, e Jacinta, 9 anos, tornaram-se as mais novas crianças não-mártires na história da Igreja a serem beatificadas, quando, no dia 13 de Maio, 2000, no 83.º aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima, o Papa João Paulo II os proclamou Beatos, mostrando oficialmente que crianças muito novas podem tornar-se Santas.

Muitos peregrinos religiosos e não religiosos chegam a Fátima para fortalecer a sua fé, para encontrar a sua via para Cristo. Rezamos para que a canonização de Francisco e Jacinta enquanto novos santos da Igreja fortaleça as nossas almas. Como sempre, esperamos pelas amáveis palavras e bênçãos do Papa Francisco. Que Deus conceda ao Papa Francisco muitos anos com saúde no trabalho pela Vinha de Cristo.

Também rezamos para que estas celebrações continuem a trazer paz e alegria ao povo de Portugal.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • CAMINHANTE
    10 mai, 2017 LISBOA 17:30
    Surgem agora "resmas" de Católicos , inclusive da Hieraquia Sacerdotal, a contestar Fátima, as ditas Aparições. A Igreja Católica nunca teve Fátima como Dogma de Fé, mas reconheceu-a como sua pertença ( do seu Credo). Um Sr. Bispo ( não é o único) até defende que não existiu nenhuma Aparição mas sim um fenómeno "ilusão" ou de "percepção interior" , assim tipo "alucinação", das crianças. Sem defender que tenha sido a Mãe de Jesus Cristo que tenha "aparecido" ás crianças, convem lembrar a esta sumidades "racionalistas" ( mas que se Dizem pessoas de Fé ), que as crianças, com particular ênfase para Lúcia, não afirmaram inicialmente que era a Mãe de Jesus que lhes tinha "aparecido", que a sua história foi recusada pela família e pela própria Igreja, até certa altura , e que depois é que foram alvo duma intensa "doutrinação" para afirmarem que tinha sido a Mãe de Jesus que se lhes tinha surgido e falado. As crianças eram quase analfabetas, de visão restrita ao mundo camponês daquela época, e foram submetidas a uma experiência completamente fora da sua capacidade de percepção e raciocínio... aliás se fosse um adulto daquele contexto a diferença seria praticamente nenhuma. Duas das crianças morreram precocemente, e muito pouco transmitiram, sendo Lúcia a mais desenvolvida do trio e que resistiu a doenças, chegando a idosa. Estudando cuidadosamente todos os documentos e relatos da época, percebe-se que efectivamente sucedeu "algo" de "excepcional" ou de "transcendente" ( para a capacidade de compreensão das crianças) e que não foi nenhuma alucinação, "visão mistica interior" e outras designações desvalorizantes ou "desviantes" dos acontecimentos. O sr. Bispo ( ou Bispos) , o grupo de "racinalistas radicais" ( mas Católicos ferrenhos) deveriam estudar aprofundadamente todos os documentos existentes e, sendo reais amigos da Verdade, perceberão que as crianças foram mesmo contactadas por "algo ou alguém", dentro dum quadro que ainda hoje não se tem explicação cabal. Só para terminar, a Igreja Católica sem Culto Mariano deixará de ser a Igreja Católica.

Destaques V+