18 abr, 2017 - 15:16
O Presidente da República disse, esta terça-feira, que na segunda-feira estava próximo de Tires, localidade onde a queda de uma aeronave fez cinco mortos, e, por esse motivo, quis passar onde aconteceu uma tragédia que "podia ter sido muito pior".
"Estava próximo e as noticias que tinha eram, felizmente, porque depois não se confirmou, muito piores", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, falando aos jornalistas à margem de uma cerimónia em Lisboa.
O chefe de Estado acrescentou que teve informações de que "habitações podiam ter sido atingidas também" na queda da aeronave.
"Temia-se isso e entendi que devia, estando ali ao lado, estar presente naquele momento que podia ter sido muito pior", prosseguiu, antes de endereçar os sentimentos a quem perdeu familiares e amigos no acidente.
O Presidente da República passou pelo local para se inteirar das operações de socorro, que mobilizaram 128 operacionais e 47 viaturas
Um comunicado do aeródromo municipal de Cascais, em Tires, informou que, pelas 11h05 de segunda-feira, "o voo de um operador privado, Symbios Orthopedic, envolvendo uma aeronave PA-31, que descolava de Cascais com destino a Marselha, com três passageiros e um tripulante a bordo, sofreu um acidente fora do espaço aeroportuário".
O bimotor Piper, modelo Cheyenne II, da empresa especializada em implantes ortopédicos, despenhou-se após percorrer cerca de dois quilómetros, no parque de descargas de um supermercado LIDL, numa densa área habitacional.
De acordo com uma fonte do sector aeronáutico, o piloto tinha nacionalidade suíça e os passageiros, duas mulheres e um homem, tinham nacionalidade francesa. Além da tripulação, morreu também um homem que estava no local onde se despenhou a aeronave.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) anunciou que vai publicar, no prazo de 30 dias, o relatório preliminar sobre a queda de uma aeronave em Tires.