Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

​Costa considera formação digital decisiva para a mudança de paradigma do país

04 abr, 2017 - 01:40

Primeiro-ministro defende formação dirigida aos desempregados, numa altura em que se estima que o país precisa de cerca de 15 mil programadores.

A+ / A-

O primeiro-ministro defendeu esta segunda-feira que a formação digital dos cidadãos é um factor decisivo para uma "mudança de paradigma do país", visando um modelo de crescimento sustentado para romper em definitivo com uma conjuntura de estagnação.

António Costa assumiu estas posições no encerramento de uma conferência intitulada "Iniciativa de Competências Digitais e.2030", que foi aberta pelo ministro Ciência e Ensino Superior, Manuel Heitor, e na qual também estiveram presentes os titulares das pastas da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, e da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

Com a plateia do Teatro Thalia, em Lisboa, completamente cheia, o líder do executivo sustentou a tese de que a formação digital é um factor crítico para a competitividade económica do país, mas também para a cidadania activa e reforço do próprio regime democrático.

"O país só se desenvolve e vai crescer mesmo a sério se tiver a capacidade de competir com base no valor acrescentado e não apenas com base no factor custo. Esta é a diferença radical entre aquilo que nos aconteceu nos últimos 15 anos - em que Portugal registou um crescimento médio de 0,2 por cento - e aquilo que queremos que nos aconteça no futuro", declarou o primeiro-ministro.

Para Portugal fugir "à prolongada estagnação que afecta o país desde 2000", António Costa defendeu uma mudança de paradigma.

"Precisamos de outro tipo de competências. Temos as competências digitais à nossa mão. E esse é o grande desafio que temos pela frente - um desafio que devemos encarar com confiança, até porque Portugal tem duas vantagens competitivas: a infra-estrutura instalada e recursos humanos qualificados", advogou.

António Costa considerou também que a aposta na formação digital deve dirigir-se igualmente ao sector dos desempregados, numa altura em que se estima que o país precisa de cerca de 15 mil programadores.

"Não podemos esperar que os meninos que estão hoje no pré-escolar entrem no mercado de trabalho. Não podemos esperar 20 anos para resolver os nossos problemas", acentuou o primeiro-ministro.

Ainda de acordo com o líder do executivo, a formação digital terá também consequências ao nível do próprio regime político a médio prazo.

"A democracia só se fortalece com cidadãos activos e cada vez mais informados. A formação digital é um desafio não só das empresas, da académica, mas do conjunto de toda a sociedade", justificou.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Constantino Silva
    07 abr, 2017 Braga 12:50
    O paradigma é igual ao do socrates.Dizer ao povo que estePaís está nas maravilhas das maravilhas.Quem não sabe ler os números até acredita e vota.O resto é o que anda escondido.Vamos a este exemplo.Estamos na Páscoa, milhares de Portugueses vão deslocar-se e que faz este governo aumenta os combustíveis e com que razão Siria. Não é de rir.E que faz a comunicação social, nada.Há muita gente vendida, logo comprada.E assim se analtece um governo que "rouba" mas aos olhos do povo parece o melhor. A banca está. em roda livre, comissões, debitos nas contas não. autorizados, nunca vi uma roubalheira como se está a passar com a banca.Onde estão as autoridades de fiscalização, governo e assembleia da República.E os partidos que dizem estar ao lado do PCP,BLOCO,VERDES,PAN e outros.Mas estes quando suportam governos, são aqueles que mais dão aos ricos e tiram aos pobres.E os media, parte deles nasceram revolucionarios e vêm só com o olho esquerdo que só vê quem lhes dá mais e ajuda o seu pensamento revolucionário.

Destaques V+