30 mar, 2017 - 18:20
Bruno de Carvalho está determinado em protagonizar um "braço de ferro" com o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), na sequência da suspensão de 113 dias que lhe foi aplicada e, já esta quinta-feira, do processo disciplinar que lhe foi movido.
O presidente do Sporting não reage directamente à abertura de um novo inquérito por parte do CD da FPF, que acusa Bruno de ter violado as condições do castigo ao conceder uma entrevista à TVI, na noite de quarta-feira. Mas o que não admite é que o órgão federativo lhe limite o raio de acção como líder leonino.
"O Conselho de Disciplina pode exercer o seu poder disciplinar no âmbito desportivo, mas não tem qualquer poder sobre mim como Presidente do Sporting CP nos planos societário ou associativo, e muito menos sobre mim enquanto cidadão", começou por escrever, num "post" publicado na conta oficial da rede social Facebook.
"O meu direito e dever a exprimir-me livremente em defesa dos interesses do Sporting CP não decorre dos regulamentos desportivos, decorre da Constituição. Assim o Conselho de Disciplina não tem poderes para limitar esse direito", prossegue Bruno de Carvalho, que promete ir "até às últimas consequências" para fazer valer o seu ponto de vista.
E, nesse sentido, o caminho poderá bem ditar uma última e derradeira paragem: o Tribunal Europeu.
"Podem proibir-me de entrar na zona técnica, de estar nas conferências de imprensa que a Liga organiza, etc, mas não me podem constranger fora do exercício das funções que decorrem dos regulamentos desportivos. Se isto acontecer irei até às últimas consequências em todas as instâncias, desde os tribunais civis, constitucional e se preciso europeu", remata.