29 mar, 2017 - 11:45
Cristiano Ronaldo fintou o protocolo durante a homenagem prestada, esta quarta-feira, no Aeroporto da Madeira, agora com a designação de Aeroporto da Madeira - Cristiano Ronaldo. Em causa está a polémica gerada em redor da atribuição do nome do futebolista à infra-estrutura.
"Sei que algumas pessoas não estão de acordo, mas não sou hipócrita e assumo que algumas estão aqui neste momento", disse Ronaldo, no discurso oficial. O jogador defende que "todos têm direito a expressar opinião", mas salvaguarda que prefere "sempre pessoas que assumem as suas posições de viva-voz, aos que se escondem atrás de quem fala por eles".
Foi um discurso ao ataque do CR7, pouco habitual em cerimónias protocolares, mas o capitão da selecção portuguesa entendeu ser o momento certo para passar a mensagem a quem discorda do novo nome do aeroporto da Madeira.
A visão do homenageado
Ronaldo defendeu que as "homenagens devem ser feitas enquanto as pessoas distinguidas estão vivas". A proposta foi do Governo Regional da Madeira e, dirigindo-se em tom coloquial a Miguel Albuquerque, o capitão da selecção nacional agradeceu o reconhecimento.
"Agradeço muito ao presidente do Governo Regional por ter tido a coragem e firmeza de ter defendido a sua ideia. Caro amigo Miguel Albuquerque, nunca pedi que fizesses isto, mas não sou hipócrita e assumo que fico feliz e honrado", disse Ronaldo.
O futebolista assumiu, por fim, ter perfeita noção da responsabilidade que tem e compromete-se a continuar a "dignificar Portugal e, em especial, a Madeira".
O presidente do Governo Regional da Madeira disse ser uma "grande honra" ter tomado a decisão de atribuir o nome do futebolista Cristiano Ronaldo ao aeroporto internacional da região autónoma.
Miguel Albuquerque classificou o atleta como um "grande português" e um homem que, pelo seu talento e trabalho persistente, ultrapassou as fronteiras da ilha e do país e se afirmou como o melhor jogador de futebol do planeta.
"É o português mais conhecido no mundo, admirado em todos os continentes, por todas as gerações", disse o governante, sublinhando que "apesar da fama, nunca voltou as costas à região e ao seu país e sempre ajudou aqueles que mais precisavam, a maioria das vezes de forma anónima".