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Trabalhadores prometem “resposta firme e forte” a eventual fim das progressões automáticas

06 mar, 2017 - 11:50

Governo pode estar a preparar mudanças na função pública. Sindicatos falam em não cumprimento de promessas.

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A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública promete “uma resposta muito firme e muito forte dos trabalhadores da Função Pública”, caso se venha a verificar o fim das progressões automáticas.

“É inadmissível. E a ser verdade não faz sentido nenhum”, diz à Renascença a dirigente Ana Avoila. A sindicalista garante que, se for necessário, irão recorrer “a todas as formas de luta que estiverem ao alcance no sentido de impedir isso”.

A reacção surge após a notícia do “Público” de que as promoções na função pública podem vir a ter novos critérios, decorrentes da reestruturação das carreiras que o Governo está a preparar. O jornal, que cita um responsável governamental, refere que essas mudanças podem pôr fim às “subidas” automáticas.

“É mais um golpe nos direitos dos trabalhadores da Função Pública, é uma afronta é uma falta de cumprimento da promessa que o Partido Socialista fez no seu programa de que descongelava as progressões remuneratórias a partir do ano de 2017”, acrescenta Ana Avoila.

A sindicalista lembra ainda que “não há progressões automáticas na Função Pública” e que os escalões foram congelados em 2005. “Desde essa altura nunca mais tivemos mudança remuneratória, reduzindo drasticamente a remuneração da Função Pública”, garante.

STE fala em notícias “plantadas”

Helena Rodrigues, dirigente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), diz não entender a notícia.

“Há muitos anos que não há progressões automáticas. Há progressões na Administração Pública em função de avaliação do desempenho”, lembra.

“Aquilo que me parece é que é uma notícia plantada para fazer correr uma lebre. Nós estávamos habituados a esse tipo de comportamento do Governo anterior, não deste que é uma solução governativa nova e tem ali várias forças e acho estranho esta notícia plantada”, acrescenta.

A sindicalista admite que o executivo querer “dar mais dinheiro a uns, como aconteceu com os trabalhadores que estão em categorias mais baixas no início da tabela com a subida do salário mínimo” mas espera pelo diálogo com o Executivo.

“Vamos ver, vamos aguardar. Aquilo que esperamos é que o Governo venha dizer às organizações sindicais, aos que representam os trabalhadores o que é que quer de facto dos serviços públicos”, remata.

Comentários
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  • Bento Fidalgo
    09 mar, 2017 Agualva 11:35
    Continua a igualdade especial de corrida. Que seria das empresas privadas se os trabalhadores com x anos passassem todos a encarregados e estes a diretores de serviços. Ao fim de meia dúzia de anos tinha tantos diretores como trabalhadores. A grande diferença é que o estado pede emprestado para todos pagarmos estas tropelias e as empresas privadas não podem pedir emprestado para todos pagarmos. Aí pagam só as empresas e se não pagarem não podem aumentar impostos a fim de todos, privados e do estado pagarmos.
  • saltão
    06 mar, 2017 mafra 16:38
    Até hoje nunca ouvi os sindicatos pedir aos trabalhadores sejam da FP ou do Privado para produzirem mais. Só oiço exigências, pedidos, ameaças, cresçam e acordem para a vida, estamos no século 21 o comunismo foi eliminado em toda a linha.
  • AM
    06 mar, 2017 Lisboa 14:27
    No ESTADO, não há saco azul, nem o envelope do pai natal, e não passeamos a mula no carro da firma, nem damos uma trolitada dentro do carro da firma... Pois!
  • tuga
    06 mar, 2017 lisboa 13:56
    Tanta gente desempregada e a querer trabalhar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!..................................!!!!!!!!!!!!!!!!!!
  • CAMINHANTE
    06 mar, 2017 LISBOA 13:39
    O Jornalismo de má fé a insistir no título de progressões automáticas que nunca existiram - nunca existiram. Diuturnidades e Escalões remuneratórios por tempo de serviço é uma coisa, progressão na carreira é outra. AS Diuturnidades desapareceram e deram lugar aos Escalões, no máximo 3, que representavam um bónus de pagamento, muito moderado, não uma subida de categoria. A subida de categoria sempre foi por concurso, desde o regime político anterior.
  • JULIO
    06 mar, 2017 vila verde 13:24
    O bloco de esterco vai jà pedir aomento de empostos para dar a estes parasitas
  • Porconta
    06 mar, 2017 Porto 12:51
    Não podia estar mais de acordo progressão automática porquê ? quer dizer que sejam burros corruptos ou preguiçosos, progridem exactamente como os competentes trabalhadores e sérios, isso não está certo, é injusto, e é muito mais injusto os funcionários da administração publica terem regalias diferentes dos restantes trabalhadores do País, mas isso é o que os sindicatos promovem por isso eu e muitos deixamos de ir na conversa dos sindicatos, andam a maioria a manter uma minoria de gente que se considera no direito de ter melhores condições de trabalho que o resto da população, até quando?

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