23 fev, 2017 - 18:54 • Maria João Costa
Na 18ª edição do Correntes d'Escritas, a Renascença falou com Júlia Nery, escritora portuguesa que arriscou escrever um livro que aborda a actual emigração portuguesa e a chamada “fuga de cérebros”.
No Cine-Teatro Garrett, na Póvoa de Varzim, Júlia Nery lança “Ei-los que partem”, livro editado pela Sextante.
Esta antiga professora confirma que se inspirou “em vários casos de amigos dos filhos, de antigos alunos”.
“Há, por exemplo, uma cientista que emigra porque o grande sonho dela é que haja água potável para toda a gente e em Portugal não tem hipótese de fazer as investigações que precisa de fazer e então parte para os Estados Unidos”, disse.
Júlia Nery lembra que falou com “investigadores, são artistas que, além-fronteiras, encontram bem o seu lugar. Por outro lado são jovens formados que andam à procura do primeiro emprego e que não se vêem reconhecidos”.
A escrita acrescenta que esta é uma geração que foi criada “com o mito da Europa, sentem-se como cidadãos europeus, não se consideram emigrantes, mas em circulação pelo mundo”.
O Correntes d'Escritas decorre de 21 a 25 de Fevereiro.