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Almaraz: Lisboa avança com queixa a Bruxelas

13 jan, 2017 - 10:47

Um dia depois de Espanha ter anunciado que mantém os planos para armazenar resíduos nucleares em Almaraz, o Governo português avança com uma queixa na Comissão Europeia.

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Revista de Imprensa de temas europeus (13/01/2017)

O cenário já tinha sido antecipad,o tanto pelo ministro do Ambiente Matos Fernandes, como pelo chefe da diplomacia Augusto Santos Silva.

Hoje o jornal “i” dá destaque a essa confirmação. Caso Espanha não recuasse na intenção de avançar com os seus planos na central de Almaraz – planos de que Portugal foi informado em Julho do ano passado – o executivo português avançaria, então, com uma queixa formal junto de Bruxelas para contestar a inexistência de um estudo de impacto ambiental. Vale a pena lembrar que a intenção espanhola é construir esse tal depósito de combustível radioactivo dentro da central que se situa a 100 quilómetros da fronteira com Portugal.

Do lado da imprensa espanhola há apenas uma referência nas últimas 24 horas a este diferendo ibérico: o “La Vanguardia” fala da manifestação que aconteceu em Lisboa, onde cerca de 100 pessoas exigiam o encerramento imediato de Almaraz.

De regresso às páginas do “i”, um alerta do Banco Mundial sobre a Europa: “Banca é um dos maiores fantasmas de 2017”. É o que conclui o mais recente estudo do Banco Mundial, que cruza duas palavras-chave: incerteza e problemas, sobretudo motivadas pela instabilidade no sector financeiro, pela inflação abaixo das metas do Banco Central Europeu e pelo Brexit que há-de vir. Assim como as eleições na França e na Alemanha que, segundo o Banco Mundial, podem ser o pretexto “para desencadear um novo movimento proteccionista”. De resto, a notícia do jornal “i” aponta más previsões económicas para a zona Euro pelo menos até 2019.

Hoje fala-se outra vez da proposta da União Europeia para julgar e condenar os “jihadistas” europeus. O “Diário de Notícias” regressa ao tema esta sexta-feira e conta que Portugal faz parte dos países que estão no chamado roteiro da Comissão Internacional de Justiça e Responsabilidade. Este organismo, que trabalha em estreita parceria com a União Europeia, diz ter um banco de dados com provas de crimes cometidos por terroristas europeus na Síria. Tudo isto para ajudar os estados-membros da Europa comunitária a obterem as provas necessárias para poderem julgar e condenar os terroristas que estiveram na Síria e que regressem aos seus países de origem.

Ficam, ainda, os alertas da “Human Rights Watch” ao autoritarismo populista. Um problema comum na União Europeia e nos Estados Unidos, sublinha Iain Levine, o responsável por esta organização não-governamental. Entrevistado pelo “DN” a partir de Nova Iorque, Levine aponta Donald Trump, Marine Le Pen ou Nigel Farage como denominadores comuns do autoritarismo populista que ameaça o respeito pelos direitos humanos fundamentais.

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