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Analistas projectam ano na Europa

06 jan, 2017 - 11:07

Esta sexta-feira, os assuntos europeus preenchem sobretudo as páginas de opinião, num convite a ler o futuro imediato da Europa na perspectiva dos analistas que projectam os acontecimentos importantes do ano que agora começa.

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Revista de Imprensa de temas europeus (06/01/2017)

O jornal “The Guardian” publica um artigo assinado a três por uma britânica, uma francesa e um alemão, todos jornalistas. O texto começa por recordar uma União Europeia que já pensou em grande, ao abrir fronteiras, ao criar a moeda única. Mas hoje, lembram estes três colunistas, essa herança está a ser tomada pelas correntes populistas. Até a cerimónia dos 25 anos do histórico Tratado de Maastricht, que instituiu a União Monetária passou quase despercebida.

Este artigo no “The Guardian” assinala o discurso sem brilho do presidente da Comissão Europeia. Jean-Claude Juncker limitou-se a lamentar que os europeus não estivessem suficientemente orgulhosos do que tinha sido alcançado a 9 de Dezembro de 1991. “Um ar de resignação”, concluem estes três jornalistas, que traduz o recuo da União Europeia. Um projecto maltratado, incomodado e desorientado por uma sucessão de crises – o Brexit, o euro, os refugiados. E faltam as ideias para resolver todas estas questões que certamente continuarão a acompanhar-nos ao longo deste ano.

Este vai ser um ano de “grandes desafios” e um deles é a Grécia. É, pelo menos, essa a leitura sugerida num artigo da revista “Forbes”: “Grécia a caminho de uma nova crise económica - estará na hora de finalmente sair da União Europeia?”. Segundo esta revista norte-americana de assuntos económicos, a Grécia caminha a passos largos para um novo período de convulsão financeira, uma vez que os principais credores suspenderam o pacote de resgate negociado em 2015. Doug Bandow, que assina este artigo na “Forbes”, admite que “talvez esteja na hora de os gregos retomarem o controlo do seu futuro financeiro e saírem da zona Euro até porque insistem na ideia de que nunca serão capazes de pagar a sua própria dívida.

A fechar, uma citação de Martin Schulz, o ainda presidente do Parlamento Europeu com “um retrato da Europa que fomos e da Europa que temos”. Nas páginas do “Jornal de Negócios” desta sexta-feira, Martin Schulz recorda que “a geração de Helmut Kohl e François Miterrand viajava para Bruxelas com a perspectiva de que uma Europa forte servia o interesse dos respectivos países”. A geração de Viktor Orbán – o Primeiro-ministro da Hungria – diz que “temos de defender os interesses do nosso país contra a Europa”.

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