28 nov, 2016 - 12:48
O papa disse esta segunda-feira, perante os membros da Academia Pontifícia para as Ciências, que as pessoas não são “guardas de um museu” que têm de “limpar o pó às obras que lá estão”, mas sim “conservadoras do ser e da biodiversidade do planeta”.
Francisco reuniu com a academia numa sessão plenária, no Vaticano, e voltou a apelar a uma “conversão ecológica”, que apoie "o desenvolvimento sustentável e torne inseparável a relação entre a responsabilidade de cada um e a salvaguarda dos recursos da criação”.
Francisco definiu ainda essa responsabilidade como “a busca da justiça social e o combate de um sistema iníquo que produz miséria, desigualdade e exclusão”.
“Não somos guardas de um museu em que, todas as manhãs, temos de limpar o pó às obras-primas que lá estão. Somos, sim, conservadores do desenvolvimento do ser e da biodiversidade do planeta.”
A sessão plenária da Academia Pontifícia para as Ciências, que teve início a 25 de Novembro e termina na terça-feira, sob o tema “Ciência e Sustentabilidade. Impacto dos conhecimentos científicos e da tecnologia na sociedade humana e seu ambiente”, junta, no Vaticano cientistas de renome mundial, crentes e não crentes, entre os quais o conhecido físico britânico Stephen Hawking.