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PGR admite que transferência de processos como o de Duarte Lima pode ser aceite

26 nov, 2016 - 01:30

Procuradoria esclarece, no entanto, que não recebeu, até ao momento, qualquer pedido oficial de transmissão dos autos.

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) admite que é remota a possibilidade de ser rejeitado um pedido internacional de transferência de um processo judicial, como o do antigo político Duarte Lima no Brasil.

Numa resposta a perguntas feitas na sexta-feira pela agência Lusa, a PGR explica que os requisitos para a transmissão internacional de um processo são os que decorrem da lei, "sendo remota a possibilidade de um pedido dessa natureza não ser aceite".

"Nas situações de transmissão, a lei aplicável é a portuguesa, a menos que a lei do Estado originariamente competente se venha a revelar mais favorável ao arguido", acrescenta a PGR, na resposta à Lusa.

Sublinhando que no caso de Duarte Lima -- acusado no Brasil do homicídio de Rosalina Ribeiro -, a PGR não recebeu, até ao momento, qualquer pedido oficial de transmissão, lembra, contudo, que uma transferência internacional de procedimentos leva à "transmissão integral dos autos pendentes no Estado requerente".

Explica também que nos casos de transmissão em que o julgamento seja feito em Portugal, a obtenção de prova deverá ser repetida em julgamento e efectuada mediante a apresentação de pedidos de auxílio judiciário mútuo, nomeadamente visando a inquirição de testemunhas.

Tal inquirição, prossegue a PGR, "poderá ter lugar por recurso a meios de telecomunicação, em tempo real".

Posteriormente, caso haja lugar a uma condenação, o arguido, se for cidadão português, cumprirá a pena em Portugal, acrescenta.

Diz igualmente a PGR na informação enviada à Lusa que "caberá ao Estado requerente, na medida em que terá interesse em criar condições para que o processo transmitido para Portugal possa ser levado a bom termo, prestar toda a cooperação, nomeadamente mediante execução de pedidos de auxílio judiciário que lhe venham a ser enviados".

Os jornais i e Correio da Manhã noticiaram na sexta-feira que as autoridades brasileiras aprovaram a transferência do processo do Duarte Lima para Portugal, com vista à realização de julgamento e que o processo de transferência até já estaria em curso.

Numa nota enviada à agência Lusa na sexta-feira, o advogado no Brasil de Duarte Lima anunciou que vai apresentar recurso da decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Ao longo dos anos, segundo a PGR, as autoridades portuguesas têm registado vários casos de transmissão internacional de processos, quer enquanto Estado requerente, quer enquanto Estado requerido, e tanto no que respeita a países da Europa como a outros, nomeadamente da CPLP.

Os processos em causa dizem respeito a vários tipos de crime, tendo já havido, designadamente, transmissões de casos de homicídio.

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  • joa
    26 nov, 2016 Lisboa 10:10
    É mais um exemplo do atraso prepositado na tal"jsutiça internacional", tal como a aberração lamentável da imunidade diplomática! Essa de não poder ser extraditado é inaceitável, porque muitos criminosos e assassinos usam essa falha para ficarem impunes! os off-shores outrra aberração inaceitável que os desgovernos internacionais já deviam ter acabado com isso, mais uma forma de branquear biliões de dinheiro sujo e criminoso e de fugir aos impostos!
  • joa
    26 nov, 2016 Lisboa 10:10
    É mais um exemplo do atraso prepositado na tal"jsutiça internacional", tal como a aberração lamentável da imunidade diplomática! Essa de não poder ser extraditado é inaceitável, porque muitos criminosos e assassinos usam essa falha para ficarem impunes! os off-shores outrra aberração inaceitável que os desgovernos internacionais já deviam ter acabado com isso, mais uma forma de branquear biliões de dinheiro sujo e criminoso e de fugir aos impostos!
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  • quim
    26 nov, 2016 lisboa 09:06
    morte a este assassino ou pena máxima de 30anos. também quero saber dos filhos do chamado embaixador "da treta".
  • JC
    26 nov, 2016 Lisboa 08:58
    É uma verdadeira vergonha que este assassino ainda não tenha respondido pelos seus actos!
  • paul
    26 nov, 2016 lis 08:46
    morte a este assasino ou pena maxima 30anos. e tambem quero saber dos filos do chamado embaixador americano
  • FR
    26 nov, 2016 Portugal 02:24
    então e os filhos do embaixador iraquiano?

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