15 nov, 2016 - 14:54
Cerca de 550 migrantes foram retirados do Mediterrâneo, esta segunda-feira, numa acção da guarda costeira da Itália. Durante o resgate, feito através de cinco operações, contabilizaram-se cinco mortos e duas pessoas saíram feridas, em estado grave.
“Encontramos cinco mortos dentro do bote, depois do salvamento, e uma das pessoas acabou por se afogar [durante a operação]”, avançou a associação europeia SOS Mediterrâneo.
Um homem, que esteve inconsciente durante duas horas, e uma mulher, que inalou combustível, acabaram por ser transportados de avião para o hospital.
O migrantes descolavam-se em botes de borracha, sendo a maioria oriunda da parte oeste de África.
Para além do navio da guarda costeira italiana, participaram nas operações de salvamento um navio petroleiro dinamarquês e o navio Aquarius do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
O começo da guerra na Síria fez disparar o número de mortos e desaparecidos no Mediterrâneo. Em 2011, ano do início da guerra, o número de vítimas foi de 1.500 e, este ano, atinge já os 3.930, de acordo com dados do Alto Comissariado da ONU para os refugiados (ACNUR).
O volume de migrantes retirados no mesmo local passou dos 9.654, em 2010, para os 332.492, em 2016, tendo ultrapassado o pico de um milhão em 2015.
Desde 2014 que a ilha de Lesbos é o local com maior número de chegadas de refugiados, mais de 610 mil, seguindo-se Sicília com 309 mil.