15 nov, 2016 - 10:43 • André Rodrigues
Em causa estão 500 projectos relacionados com a saída e, de acordo com este documento preparado pelo gabinete da primeira-ministra, a sua colocação em prática poderá exigir a contratação de mais 30 mil funcionários públicos. Mas o que parece ser ainda mais grave no meio de tudo isto é que fonte do número 10 de Downing Street diz não ter conhecimento de nada.
Obama chega à Grécia para a última visita à Europa como Presidente dos Estados Unidos. O Diário Digital conta que o ainda presidente norte-americano vai encontrar-se durante o dia de hoje com o seu homólogo grego e também com o primeiro-ministro Alexis Tsipras. A deslocação à Europa termina amanhã em Berlim. Obama encontra-se com Angela Merkel.
Este assunto está em destaque em todos os jornais europeus e os portugueses não são obviamente excepção: O Público escreve que esta "deveria ser uma despedida tranquila, em glória até. Mas na cabeça de todos, aliados próximos ou não, estará agora o sucessor, Trump. Os líderes de todo o mundo querem ouvir da boca de Obama que ficar tudo bem".
O Wall Street Journal acrescenta que “num momento de choque profundo e depressão na Europa - não se esperava que os Estados Unidos elegessem Donald Trump ". Daí que esta visita à Europa funcione como "uma espécie de terapia de grupo na qual os líderes europeus tentam garantir a si próprios que a América que conhecemos não vai desaparecer”. É pelo menos essa a opinião de um analista político da Universidade de Stanford ouvido pelo Wall Street Journal.
Abrimos agora a página 2 do Jornal de Negócios. O subidirector Celso Filipe diz que "é tempo da Europa transformar as ameaças em oportunidades". As ameaças, essas, estão identificadas, diz o subdirector do Negócios: "Trump, Putin e a extrema-direita europeia". Aqui está a oportunidade para uma "reinvenção da Europa", um território que se afirme politica e economicamente como "um espaço de prosperidade, sensato, plural com rumo próprio" e, por isso mesmo, "capaz de se constituir como alternativa".
A fechar, o La Razon alerta que "Bulgária e Moldávia viram as costas à União Europeia e aproximam-se de Putin". Ambos os presidentes, búlgaro e moldavo, reconhecem a anexação da Crimeia e defendem o levantamento das sanções a Moscovo, motivadas pelo conflito na Ucrânia. Vale a pena aqui esclarecer: a Moldávia não faz parte da União Europeia. No entanto, a Transnístria é uma região situada dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas como pertencentes à Moldávia. Não sendo uma nação reconhecida internacionalmente, a Transnístria mantém-se, de facto, independente com o apoio militar da Rússia. A bandeira deste território é quase tudo igual à da ex-União Soviética: vermelha, com a foice e o martelo, atravessada por uma barra verde horizontal.