11 nov, 2016 - 20:05
Meia dúzia de mensagens de rajada no Twitter em menos de 24 horas. Donald Trump foi eleito Presidente dos Estados Unidos, mas continua “viciado” nas redes sociais.
Quem apostou que as novas e colossais preocupações do próximo inquilino da Casa Branca o iam afastar do smartphone que utiliza para “twittar”, enganou-se e perdeu dinheiro. As redes sociais são a sua melhor máquina de propaganda.
Conhecido por escrever mensagens sem filtro, por vezes, caceteiras até, o populista Trump apontou esta sexta-feira baterias aos manifestantes que não aceitam a sua vitória sobre a democrata Hillary Clinton.
Começou por criticar o que apelidou de “manifestantes profissionais” e por acusar a comunicação social de estar incentivar a onda de protestos, que teve início logo no dia das eleições.
“Acabei de ter uma eleição presidencial muito aberta e bem-sucedida. Agora, os manifestantes profissionais, instigados pelos média, estão a protestar. Muito injusto!”, lamentou o polémico milionário.
Nove horas depois voltou ao tema. Em cerca de 140 caracteres, o futuro comandante em chefe mudou de registo e até elogiou a “paixão” dos manifestantes pelo país. Em modo estadista, apelou à união dos norte-americanos.
“Adoro o facto de os pequenos grupos de manifestantes da última noite terem paixão pelo nosso grande país. Vamos todos juntar-nos e sentir orgulho.”
Just had a very open and successful presidential election. Now professional protesters, incited by the media, are protesting. Very unfair!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 11 de novembro de 2016
"Grande química" com Obama
Donald Trump encontrou-se com Barack Obama, quinta-feira, na Casa Branca. Foi a primeira reunião de transição entre as duas administrações.
Decidiu partilhar o momento histórico com os seus 14,5 milhões de seguidores no Twitter e também revelou o estado de espírito da mulher, Melania, que conheceu a primeira dama, Michelle Obama.
“Foi um dia fantástico em [Washington] D.C. Encontrei-me com o Presidente Obama pela primeira vez. Foi uma reunião muito boa, grande química. A Melania gostou muito da Sra. O! [Michelle Obama]”, conta Trump.
E quem vai mandar nas finanças ou comandar a diplomacia? Uma das questões que todos fazem por estes dias, é quem vai fazer parte da “Trump team” que se vai sentar aos comandos da maior potência mundial.
O Presidente eleito ainda não desfez o tabu, mas partilhou nas redes sociais que está a trabalhar afincadamente na constituição da sua equipa.
“Tem sido um dia agitado em Nova Iorque. Dentro em breve, vamos tomar decisões muito importantes sobre as pessoas que vão formar o nosso governo!”, escreveu Trump.
O Presidente eleito tem um historial de mensagens politicamente incorrectas no Twitter. Durante a fase final da corrida à Casa Branca, chegou a correr o rumor de que o controlo da conta naquela rede social tinha sido retirado pela equipa de campanha.
A candidata derrotada Hillary Clinton perguntou, por várias vezes, durante a campanha eleitoral, se os americanos queriam entregar as armas atómicas do país a um Trump que não consegue controlar a ira nas redes sociais. Os eleitores responderam que "sim".