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Europa tenta “controlar danos” após terramoto americano

09 nov, 2016 - 10:48

Nas horas que se seguem à confirmação de Donald Trump como 45.º presidente norte-americano, a União Europeia assegura que os laços com os Estados Unidos são mais fortes do que qualquer mudança política.

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Revista de Imprensa de temas europeus (09/11/2016)

O Diário de Notícias reproduz esta afirmação de Federica Mogherini. Na conta pessoal da rede Twitter, a alta representante da política externa dos 28 considera que, “apesar da incerteza, europeus e norte-americanos continuarão a trabalhar em conjunto, redescobrindo a força da Europa”.

Já Martin Schulz felicita o presidente eleito dos Estados Unidos. Em declarações registadas pelo magazine Politico, Martin Schulz reconhece contudo que "este é seguramente um momento difícil nas relações entre Estados Unidos e União Europeia". Schulz compara a vitória de Trump ao voto de protesto do Brexit, mas tal como no referendo britânico, o presidente do parlamento europeu assegura o respeito das instituições da União pelo resultado das eleições norte-americanas.


Martin Schulz termina com um aviso: "a futura relação de Donald Trump com a União Europeia deve respeitar os direitos fundamentais e os valores europeus".
Aqui ao lado em Espanha, o jornal Expansion cita o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy que também já felicitou Donald Trump pela vitória.
Rajoy exprime a vontade de Madrid para prosseguir o reforço das relações com os Estados Unidos. O chefe do governo espanhol fala de um parceiro indispensável.
São reacções que contrastam com o cepticismo oficial na Alemanha. A agência Reuters cita a ministra da defesa Ursula Van der Leyen que considera que a eleição de Donald Trump significa o fim da chamada "Pax Americana", referindo-se à paz que vigora desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Já o partido anti-imigração, citado pela imprensa alemã, sublinha que a vitória de Donald Trump "é um sinal de que os cidadãos do mundo ocidental querem uma clara mudança na orientação política"

Em França, reacções igualmente contrastantes: os jornais Le Monde e Liberation dão conta da satisfação da Frente Nacional. "Hoje são eles. Amanhã será a França", antecipa Florian Philippot - um destacado dirigente da extrema direita francesa.
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros considera que a personalidade do próximo Presidente norte-americano levanta questões e incertezas quanto às relações com a União Europeia e também em relação a dossiers sensíveis como as alterações climáticas, o acordo nuclear com o Irão ou a guerra na Síria.
São reacções que se sucedem à medida que o mundo vai digerindo esta vitória de Donald Trump. O candidato republicano venceu em pelo menos 29 estados norte-americanos.Ao longo do dia certamente haverá mais pontos de vista sobre o assunto que promete marcar a jornada informativa desta quarta-feira.

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