09 nov, 2016 - 11:11
A taxa de desemprego voltou a cair no período de Julho a Setembro para 10,5%, depois de baixar para 10,8% no segundo trimestre, de acordo com os dados trimestrais do Instituto Nacional de Estatística (INE).
“A população desempregada, estimada em 549.5 mil pessoas, registou uma diminuição trimestral de 1,8% (menos 9,8 mil pessoas) e uma diminuição homóloga de 11,2% (menos 69,3 mil)”, pode ler-se no documento.
Por outro lado, a população empregada, de 4661.5 mil pessoas, “registou um acréscimo trimestral de 1,3% (mais 59 mil) e um acréscimo homólogo de 1,9% (mais 86,2 mil)”.
As previsões mais recentes do Governo apontam para uma taxa de desemprego, este ano, de 11,2%. Esta projecção consta da proposta de Orçamento do Estado para 2017, onde o executivo, face à evolução do mercado de trabalho, aponta para um valor mais baixo do que a previsão do Plano de Estabilidade, entregue à Comissão Europeia em Abril.
Costa "reconfortado"
A baixa na taxa de desemprego é a boa notícia do dia, diz o primeiro-ministro, desviando a resposta à questão sobre o resultado das eleições nos Estados Unidos.
“A boa notícia foi que o Instituto Nacional de Estatística já divulgou os dados do desemprego e tivemos uma nova redução sustentada, com uma taxa que caiu de 10.9% para 10.5%, 90 mil postos de trabalho criados”, destacou.
“Essa é seguramente a boa notícia que nos deve motivar e dar confiança no trabalho que temos vindo a fazer. Fico reconfortado”, terminou.
Ao lado de António Costa, no final de uma sessão de apresentação do balanço sobre os primeiros seis meses de execução do Programa Nacional de Reformas (PNR), estava o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, a quem o primeiro-ministro deu os parabéns pelo resultado.
Aos jornalistas, Vieira da Silva reconheceu que são bons valores para apresentar aos patrões na concertação social e na negociação do aumento do salário mínimo nacional.
O ministro considera que “há um bom par de anos” que a economia não criava “este volume de postos de trabalho”.
“Agora não estamos a descer a taxa de desemprego de 17% para 15%, estamos a descê-la já em valores próximos da média europeia. O exercício começa a ser mais exigente. São sinais positivos também para a concertação social e julgo que auxiliam todo o trabalho de conciliação que é necessário ser feito”, afirmou.
Vieira da Silva salientou ainda que "os dados mostram que há uma evolução positiva sustentada no mercado de trabalho, porque não só a taxa de desemprego vai para 10,5%, o valor mais baixo desde há muitos anos, que compara com 11,9% do mesmo trimestre do ano passado, mas cai também face ao trimestre anterior que já tinha tido um bom resultado, de 10,8%".
A esta descida do desemprego o Governo junta outra boa notícia, segundo o próprio primeiro-ministro: a proposta do Parlamento Europeu de não se avançar com a suspensão dos fundos a Portugal ou ainda as declarações do comissário Pierre Moscovici sobre o cumprimento das regras da proposta de Orçamento do Estado.