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​António Vitorino desdramatiza tensões. Portugal já não está só em Bruxelas.

26 out, 2016 - 20:26

Os comentadores do programa "Fora da Caixa" da Renascença acreditam que a negociação com a Comissão Europeia será mais suave do que no ano anterior.

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Fora da Caixa (26/10/2016)

O antigo comissário europeu António Vitorino defende que as questões que motivam divergências entre Lisboa e Bruxelas em matéria orçamental não são inultrapassáveis.

"Há um tema que será recorrente, a divergência na análise do que é o chamado défice estrutural. Não há acordo sobre os critérios. Não creio que seja por causa do défice estrutural que o gato irá às filhós", afirma Vitorino no programa "Fora da Caixa" da Renascença.

O comentador socialista argumenta ainda que Portugal não está sozinho nos alvos da Comissão Europeia. “Foram enviadas cartas a 7 países. Não estamos tão singularizados como estivemos no ano passado, quando tivemos um processo “ a solo”, sustenta o antigo ministro do PS.

Vitorino não antevê que venha para Portugal uma recomendação de alteração do orçamento. " O que pode vir é uma decisão que chama a atenção para aqueles aspectos que a Comissão acha menos em linha com as suas próprias previsões de Outono que serão divulgadas dentro de uma semana", complementa o antigo governante socialista.

Para Pedro Santana Lopes, o orçamento para 2017 já foi feito a pensar nas questões a discutir com Bruxelas.

O antigo primeiro-ministro acredita que também os partidos mais à esquerda perceberam a necessidade de uma margem que tinha que ser deixada para a relação com a Comissão Europeia.

"Julgo que o PCP e o Bloco resolveram também não causar [problemas] por muito que digam que gostam que o Governo batesse mais o pé a Bruxelas.Da parte dos três houve uma vontade de resolver o assunto depressa e bem na perspectiva dos próprios", analisa Santana Lopes.

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