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​“Policrise” põe em causa projecto europeu

21 out, 2016 - 11:18 • André Rodrigues

O jornal “Público” acrescenta uma palavra ao dicionário da União Europeia: “Policrise”. Ou a multiplicação de crises simultâneas com potencial para abalar os fundamentos do projecto. Vem este neologismo a propósito do Conselho Europeu que hoje entra no segundo e último dia.

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Revista de Imprensa de temas europeus (21/10/2016)

O título do “Público” remete, no entanto, para o acordo CETA que, pode dizer-se, está por um fio. “União Europeia procura salvar acordo com o Canadá numa cimeira de crises”. Brexit e também a guerra na Síria encontram lugar à mesa dos líderes europeus.

Sobre o Reino Unido, o “Público” explica que Theresa May tenta tranquilizar os parceiros sobre o que pretende afinal com a saída do projecto europeu. Já a questão síria é o pretexto para ameaçar a Rússia com novas sanções. Sobre esta Cimeira Europeia, o “Diário de Notícias” observa “os receios da Europa que cabem todos em Bruxelas”.

O DN lembra que há um ano não se falava de outra coisa nos corredores da União Europeia a não ser da crise grega. Hoje é o Brexit a dominar as conversas.

E Martin Schulz, o presidente do Parlamento Europeu, diz não ter ilusões sobre o futuro da União Europeia. Aliás, o “Diário de Notícias” assinala que “foi em tom sombrio e irritado que Martin Schulz se dirigiu aos jornalistas”, dizendo que o Brexit vai enfraquecer não apenas a construção europeia, mas também a Grã-Bretanha: “Se a União Europeia falhar é a falência de uma ideia, não de uma instituição”, sublinha o presidente do Parlamento Europeu.

Pela Economia, o “Jornal de Negócios” escreve que Portugal tem o quinto maior excedente externo da Zona Euro. O diário explica que a balança de pagamentos portugueses registou em Agosto um excedente de 480 milhões de euros. De acordo com o Eurostat, Agosto foi o terceiro mês consecutivo de saldo positivo na balança de pagamentos depois de uma sequência de três meses de défice entre Abril e Junho.

O jornal “i” sublinha os elogios e também os avisos do presidente do Banco Central Europeu ao Governo português. Hoje é o dia em que Portugal vai saber se a agência de notação DBRS vai (ou não) manter o “rating” nacional acima do nível “lixo”. Vale a pena lembrar que esta agência de notação canadiana é a única que coloca a dívida portuguesa num patamar de investimento. Em Frankfurt, Mario Draghi assinala os “progressos notáveis” feitos por Portugal. Ainda assim, o presidente do BCE alerta para vulnerabilidades que exigem uma agenda de reformas ambiciosa.

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