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Óbidos transforma-se em vila literária para receber Salman Rushdie e Naipaul

22 set, 2016 - 09:55

Utopia é o tema da segunda edição do Fólio, que decorre até dia 2 de Outubro e vai contar com aulas de entrada gratuita, dadas por ensaístas. Todos os dias, parte do Rossio um comboio com destino ao festival.

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Dezenas de escritores, concertos, conferências, cinema, exposições, uma feira do livro de saldos e aulas dadas por ensaístas como Eduardo Lourenço ou José Gil integram o programa do Fólio – o Festival Literário Internacional, que começa esta sexta-feira em Óbidos.

Até 2 de Outubro, vão passar pela vila literária Salman Rushdie e o Nobel da Literatura V.S. Naipaul, entre outros escritores internacionais e nacionais.

“Temos alguns nomes muitos conhecidos, mas temos também outros nomes, se calhar menos conhecidos, mas que são grandes autores universais”, afirma à Renascença José Eduardo Agualusa, da organização.

E exemplifica: “Estou-me a lembrar do poeta Breytenbach, da África do Sul, e Juan Pablo Villalobos, do México, mais jovem, mas também com uma obra importante”.

A segunda edição do Fólio tem como tema a Utopia. Durante 11 dias, será possível ver na vila literária de Óbidos, por exemplo, uma exposição de ilustração do escritor Afonso Cruz sobre autores, escutar o fadista Camané a cantar Tom Jobim, ver um documentário sobre o poeta Ruy Belo, comprar livros a preço de saldo ou escutar algumas das vozes mais importantes da literatura nacional e internacional.

Além disso, haverá aulas de entrada gratuita. “São diárias e vamos ter José Gil a dar uma aula sobre a utopia em Fernando Pessoa, Camões por Helder Macedo – uma oportunidade única, porque ele está jubilado – e o Eduardo Lourenço vai dar uma aula sobre Vergílio Ferreira, uma coisa mágica pensar que uma pessoa com 93 anos que foi amigo íntimo daquele autor, vai dar uma aula sobre Vergílio Ferreira”, refere a programadora Anabela Mota Ribeiro.

Entre as exposições está uma instalação criada pelo coreógrafo Rui Horta, para ver na antiga Capela do Espírito Santo, hoje Igreja da Misericórdia onde foi fundada pela Rainha D. Leonor a Santa Casa da Misericórdia de Óbidos.

Em entrevista à Renascença, Horta explica porque chamou “Lumen” à instalação.

Este ano, é mais fácil chegar ao festival. Do Rossio, em Lisboa, parte todos os dias um comboio literário às 10h25 e às 17h55. O regresso é às 15h17 ou 24h35.

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