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D. Jorge Ortiga: "Igreja tem que ser incómoda nas suas posições"

15 set, 2016 - 18:06 • Inês Rocha , Paulo Ribeiro Pinto

O responsável da Pastoral Social da Igreja quer mais criatividade na resposta aos problemas sociais da actualidade.

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D. Jorge Ortiga: "Igreja tem que ser incómoda nas suas posições"
D. Jorge Ortiga: "Igreja tem que ser incómoda nas suas posições"

Num tempo em que os problemas sociais são cada vez mais complexos e variados, a Igreja "corre o risco de continuar dentro das mesmas iniciativas e das mesmas respostas", afirma à Renascença o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.

D. Jorge Ortiga, que encerrou esta quinta-feira o XXX Encontro Nacional da Pastoral Social, em Fátima, defende que a Igreja tem que ser criativa para responder aos desafios da actualidade.

"Precisamos de nos encontrar com outros problemas que são também muito actuais e não os podemos ignorar", disse, à margem do encontro. "É urgente fazer com que os movimentos que temos sejam mais abrangentes.”

O arcebispo primaz de Braga considera mesmo que os membros da Igreja têm que ser mais "incómodos" nas suas posições.

"A Igreja tem um papel social imprescindível, mas não o pode desempenhar sozinha", diz. "Hoje pode ser necessário voltarmos a falar em nome desses que não têm voz.”

A ecologia "deve passar para as opções pastorais"

D. Jorge Ortiga encerrou o encontro da Pastoral Social lembrando que "o ano da Misericórdia deve ser considerado como alerta para um estilo novo de agir nas comunidades".

A ecologia esteve em destaque nas conferências do encontro, que partiu da encíclica ecológica do Papa Francisco, “Laudato Si” (Louvado sejas), reflectindo também sobre os desafios da Igreja no Ano da Misericórdia.

“É necessário que [a ecologia] passe para as opções pastorais. Deve passar para a catequese, para as reuniões, para as pregações", defende, à Renascença, D. Jorge Ortiga. "Este cuidar da casa comum, da Natureza, é imprescindível, reveste-se de uma actualidade grande.”

Comentários
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  • Otário cá da quinta
    16 set, 2016 Coimbra 19:36
    Sr. D. Jorge Ortiga, gosto muito das suas palavras, dado que as encontro quase todas no dicionário da língua portuguesa. Mas tudo o que diz, é coisa velha, já a oiço dizer pelos representantes da Igreja Católica, desde que me lembro de ser gente e já vou para os 74 anos. É CERTO, AS OUTRAS RELIGIÕES nem dizem coisa nenhuma e CALADINHOS, LÁ VÃO CHULANDO OS ALEIJADOS DO CABEÇA. Permita-me e a RENASCENÇA também, que lhe diga o seguinte: EU, CREIO que não sou ATEU, dado que ACREDITO NO CRIADOR, que lhe chamo DEUS. Acredito e tenho grande fé em CRISTO, tal como tenho em FRANCISCO DE ASSIS. Estas duas FIGURAS, são tudo para mim, o que a HUMANIDADE TEVE DE MELHOR AO CIMO DA TERRA. Portanto, não serei ATEU. Mas como digo, religiões não fazem parte da minha vida, portanto, PERGUNTO: QUAL A RAZÃO PORQUE OS REPRESENTANTES DA IGREJA, SÓ VÊM com esse palavreado, quando algo de mal está a correr para a IGREJA, neste caso a Católica? Será que seja por o ESTADO lhes esteja a querer retirar o privilégio de não PAGAR o FAMIGIRADO IMI ? PORQUE NÃO PEDE A IGREJA, para que este IMPOSTO acabe para toda a gente? Porque hei-de eu pagar IMI pela minha casita e a Igreja e outras instituições não PAGAR? Olhe, com todo o respeito, mas são coisas destas que fizeram que eu me afastasse da IGREJA (de todas). Mas neste Portugal é tudo assim, com esta rapaziada de governantes. É como os combustíveis nas fronteiras, PORTUGUESES de 1ª e Port.de 2ª., mas eu ´sou um Otário.
  • Beato Nuno
    16 set, 2016 Convento 11:00
    A igreja deve meter o nariz só onde é chamada. Cada macaco no seu galho!
  • Luis
    15 set, 2016 Lisboa 21:25
    Mais incómoda do que é em enganar otários?

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