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Impostos indirectos podem voltar a subir em 2017

14 set, 2016 - 13:30

Mário Centeno diz que as alterações aos impostos em 2017 serão em linha com o que se passou em 2016.

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Impostos indirectos podem voltar a subir

O ministro das Finanças disse esta quarta-feira que as alterações fiscais previstas para o próximo ano terão “o mesmo padrão” de 2016, quando o Governo reduziu a carga sobre os impostos directos mas aumentou os indirectos, como o ISP.

“O que posso dizer é que nós vamos ter em 2017 uma redução fiscal e as alterações fiscais que existirem terão o mesmo padrão de 2016”, disse Mário Centeno, na Comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, no Parlamento, onde está a ser ouvido esta quarta-feira de manhã.

“A forma de recuperar rendimentos é reduzir o nível de impostos directos em Portugal. Esse balanceamento entre impostos directos ‘versus’ indirectos vai prosseguir” no próximo ano, afirmou o governante.

Mário Centeno respondia à deputada do CDS Cecília Meireles, que pediu ao ministro que dissesse “aquilo que os portugueses querem ouvir: que no próximo ano não há aumento de impostos, nem directos, nem indirectos”.

A resposta do ministro motivou o burburinho dos deputados da oposição na comissão parlamentar, que lembraram o aumento dos impostos indirectos no Orçamento do Estado (OE) de 2016.

Já fora da audiência, falando aos jornalistas, Centeno repetiu a tese, mas especificou que o IVA, por exemplo, não será mexido. “No quadro do Orçamento de Estado de 2016, dos acordos parlamentares que assinámos e daquilo que está estabelecido de início no programa do Governo, há um conjunto de impostos que não são alterados, por exemplo quando falamos do IVA, mas o Governo procurará, num contexto de recomposição do esforço fiscal, a forma de satisfazer este objectivo da melhor maneira.”

Entre as principais medidas aprovadas no OE 2016 estão a reposição gradual dos salários da função pública ao longo do ano e a redução da sobretaxa em sede de IRS, medidas através das quais o Governo está a devolver parte dos rendimentos que as famílias perderam durante o período do resgate.

No entanto, o documento prevê igualmente aumentos de impostos indirectos, nomeadamente sobre Veículos (ISV), sobre Produtos Petrolíferos (ISP), em seis cêntimos, na gasolina e no gasóleo, sobre o Tabaco (IT) e sobre as Bebidas Alcoólicas (IABA).

[Notícia actualizada às 14h30]

Comentários
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  • Petervlg
    15 set, 2016 Trofa 14:16
    Vigaristas
  • carlos rodrigues
    14 set, 2016 porto 16:41
    O pais não cresce. Há que agradar a clientelas. As eleições aproximam-se. Á que comprar votos. Onde vamos buscar dinheiro? A quem ainda tem dinheiro. É uma pouca vergonha. Daqui a a pouco podemos ser a Venezuela da Europa. Acordem!
  • Manuel
    14 set, 2016 LX 16:26
    Esta farsa sobre os impostos é típica do partido socialista. Agora o que de facto me surpreende é a geringonça não implodir. Como é possível que BE e PCP convivam com isto. É que neste momento o descrédito geringonço já é total. Nada do que se antevê cola aos princípios da esquerda radical portuguesa. Afinal tirar dinheiro aos portugueses via impostos indirectos é melhor do que via directos? Estranha concepção!
  • 14 set, 2016 v 15:10
    Este país não tem dinheiro nem margem de manobra para o seu desenvolvimento e melhoria das condições de vida do povo,está amarrado de pés e mãos a uma "europa" de interesses do capital, é preciso aumentar impostos,claro que serão sempre os indirectos,pois são estes que mais dinheiro dão no imediato,e o povo vai lentamente a ficar mais esmifrado e miserável.Bem fez o reino unido,ou será que acham que eles não irão ter razão num futuro muito breve?
  • Americo
    14 set, 2016 Leiria 14:37
    Justiça social da dita esquerda. Recuperar os "cortes" nos altos vencimentos e altas reformas e aumentar os impostos ao comum dos mortais, sejam eles pobres ou ricos. Boa.
  • joao
    14 set, 2016 lisboa 14:33
    O fim da " austeridade " e o começo do " rigor " . Mudam-se as palavras e viva a nova austeridade à PS ... E ainda há portugueses que de finanças públicas nada percebem nem querem saber e que pensam que já não era preciso apertar o cinto num país com défice orçamental todos os anos...
  • artur carvalho
    14 set, 2016 Lisboa 14:01
    E nós a pensarmos que havia sido virada a página da austeridade como diz o 1º Ministro na sua proverbial veia e diarreia discursiva... E assim se enganam os papalvos. Aquilo que recebem de aumentos quando os recebem gastam no gasóleo, no aumento dos produtos alimentares esperando que o IVA não suba para 25 por cento...e noutros impostos como o alcool, cigarros , de selo e outros... Um verdadeiro pokemon este 1º Ministro que não tem uma estratégia para o país... Uns verdadeiros vendedores da banha da cobra e de pantomineiros estes governantes....
  • ANTONIO DA SILVA
    14 set, 2016 PORTO 14:00
    ISSO DOS IMPOSTOS INDIRECTOS SUBIREM EM 2017, QUER DIZER QUE OS ROUBOS DISFARÇADOS CONTINUAM E A ROUBAR NAS COSTAS OS PORTUGUESES1 SÓ ESPERAM QUE OS PORTUGUESES ABRAM OS OLHOS1

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