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Paróquias de Beja enfrentam vaga de assaltos "sem precedentes"

17 ago, 2016 - 17:53 • Ecclesia

Nem os bens dos padres têm escapado. Alguns dos assaltos acontecem em pleno dia.

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As paróquias de Beja estão a ser alvo de “uma vaga de assaltos sem precedentes” que têm como alvo os bens das igrejas e dos sacerdotes, denuncia o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja.

Numa nota citada pela Agência Ecclesia, o departamento da diocese refere que, apesar de “faltar ainda uma avaliação dos danos sofridos”, o cenário é “alarmante”.

Entre as paróquias que foram alvo de furto, “algumas por mais de uma vez”, estão as comunidades de Almodôvar, Castro Verde, Mértola, Odemira e Ourique, além de São João Baptista, a paróquia mais frequentada da cidade de Beja, com sede na igreja do Carmo.

Na sequência dos assaltos, ocorridos nos últimos meses, foram levadas várias “quantias em dinheiro”, mas também “computadores, peças de arte sacra e valores pessoais dos padres e diáconos”.

“Os maiores problemas verificaram-se, ao que tudo indica, em Odemira, de cuja casa paroquial foram subtraídos, além de outras peças de interesse patrimonial, uma coroa de prata do século XVII, pertencente à imagem da padroeira da vila, que é obra de grande valor artístico e devocional”, relata a mesma fonte.

Ainda em Odemira, a casa do pároco “foi devassada de alto a baixo pelos ladrões, que conseguiram arrombar o cofre onde se encontravam guardadas essa e outras alfaias litúrgicas, levando-as consigo”.

“Além de se confrontarem com os prejuízos causados às paróquias, os párocos acumularam também danos nos seus patrimónios privados”, denuncia o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja.

Assaltos em pleno dia

O mesmo organismo recorda que o bispo de Beja, D. António Vitalino, “tem vindo a queixar-se publicamente” deste problema, frisando “que os assaltos às paróquias acontecem até em pleno dia”.

O prelado alertou inclusivamente os sacerdotes “para evitarem guardar bens significativos das paróquias nas suas residências, mas a situação está a escapar ao controle da diocese”.

A preocupação com a segurança do património das paróquias “estende-se às igrejas e a outras instalações da Igreja Católica no Baixo Alentejo”.

No Seminário de Beja, rodeado por uma pequena quinta, no interior da cidade, têm vindo a desaparecer não só máquinas agrícolas e outros equipamentos, mas também esculturas e mobiliário antigo.

Comentários
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  • Malaquias
    19 ago, 2016 Mesopotanea 13:51
    Os Bispos e Padres , da Igreja católica portuguesa, que se vão convencendo de que vão ter de COLHER o que estão a semear. A onde está o bispo reformado de Setúbal, o Martins? A onde está o Januário Torgal Ferreira? A onde estão? Estão a comer o pão que não ganharam? Outrora, o de Setúbal, gritava : FOME, FOME. Agora não há fome? Há, sim, mais fome: fome de Deus, de e fome de tudo. Mas eles não vêem. Beberam muito sangue de bode misturado com vinho. E não sabem! Porque se sentaram à mesa com os impuros? Raça de GUIAS CEGOS! Esperai que as sementes que semeaste vão produzir frutos amargos, que vós haveis de comer. Boa tarde e um Santo fim de semana.
  • Toninho Marreco
    17 ago, 2016 Lapa- Lisboa 23:34
    É dar uma voltinha pela Roménia .Se calhar o material já está á venda por aqueles lados . Ai Salazar , Salazar ...

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