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A factura do BPN (até agora): 3.200 milhões de euros

16 ago, 2016 - 14:53

Só em 2015 o BPN agravou o seu peso nas contas públicas em 590,8 milhões, diz o Tribunal de Contas. Factura ainda pode aumentar.

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O custo acumulado da nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN) para o Estado ultrapassou os 3.200 milhões de euros até ao final de 2015, segundo um relatório divulgado esta terça-feira pelo Tribunal de Contas.

No relatório sobre o acompanhamento da execução orçamental da Administração Central em 2015, o Tribunal de Contas aponta que apenas no ano passado o BPN agravou o seu peso nas contas públicas em 590,8 milhões de euros.

Assim, a factura do BPN nas contas públicas totalizou, no ano passado, 3.237,5 milhões de euros, que resulta do saldo negativo acumulado dos anos anteriores: 735,8 milhões de euros em 2011, 966,4 milhões em 2012, 468 milhões em 2013, 476,6 milhões em 2014 e 590,8 milhões no ano passado.

Ainda assim, o Tribunal de Contas admite que este é um valor provisório que poderá ser corrigido no Parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2015, bem como o total acumulado.

A factura do BPN para o Estado ainda pode subir, até porque o tribunal ainda não tem dados de 2015 da Parvalorem, da Parups e da Participadas (as sociedades-veículo criadas para gerir os activos do banco considerados tóxicos), que em 2014 apresentavam capitais próprios negativos que totalizavam 2.280,8 milhões de euros, "encargos a suportar eventualmente pelo Estado no futuro".

A nacionalização do Banco Português de Negócios (BPN) em 2008 foi a primeira em Portugal depois de 1975. A queda do banco deu origem a vários processos judiciais.

Quatro anos depois de ter sido posto sob a gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o BPN foi vendido ao Banco BIC Português, entidade de capitais luso-angolanos.

Além dos processos-crime e contra-ordenacionais, a derrocada do BPN foi também alvo de duas comissões parlamentares de inquérito.

Comentários
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  • me and me
    16 ago, 2016 lisboa 18:19
    Muito obrigado por este buraco. era disto mesmo que um pais em crise necessitava durante a governação PSD-CDS hurray!!!
  • Jorge
    16 ago, 2016 Mortagua 17:32
    O Banco de Portugal é o órgão fiscalizador da Banca no país, todos os países tem o seu Banco Central que tem essa função, e em Portugal é o Banco de Portugal que tem a função de fiscalizar a banca nas suas operações e consequentemente na sua saúde financeira, liquidando os bancos que se mostrarem no caminho da insolvência antes que cheguem à falência. Em Portugal não tem acontecido isso por falta de fiscalização ou por fiscalizações fraudulentas por parte do pessoal do Banco de Portugal. coisa que nunca foi apurada devidamente pelo Ministério Público . Porquê nenhuma diretoria do Banco de Portugal nunca foi chamada a dar explicações convincentes dessas fiscalizações e com toda a certeza com direito a punições, sempre ficou intocável ?
  • Filipe Cunha
    16 ago, 2016 Chamusca 17:20
    Obrigado PSD!
  • dr Xico
    16 ago, 2016 Lisboa 16:36
    Onde pára o vigarista da foto, que a meu ver não passa de um testa de ferro de peixe bem mais graudo. temos pena mas este homem não passa de um quintaneiro que servia para assinar papeis e se a coisa corresse mal ele apanhava tudo sozinho.
  • José Gomes L
    16 ago, 2016 Lisboa 15:51
    Importante: Se o Sócrates não tivesse nacionalizado este banco, quem pagava este desfalque eram os donos e outros acionistas. Assim quem paga é o povo. Independentemente de os tribunais fazerem o seu trabalho e condenaram à prisão quem tivessem de condenar, obviamente.
  • Carlos Reis
    16 ago, 2016 Coimbra 15:40
    Nem o gang do Al Capone fazia melhor do que fizeram estes companheiros do ppd/psd e nós cá estamos para pagar a fatura, mas disto não fala o Passos Coelho e seus "muchachos".
  • Antonio Almeida
    16 ago, 2016 V.N. de Gaia 15:38
    Disto o sr. Costa não diz uma palavra.
  • Manel das Coves
    16 ago, 2016 Alverca 15:12
    Mais uma da geringonça ! apoiada pela troika e pelo anterior Presidente Cavaco Silva .!!!

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