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Reações adversas graves: genéricos iguais aos medicamentos de marca

09 ago, 2016 - 15:51

No total de reacções adversas - graves e não graves - verificadas entre 2013 e 2015, só 18% envolveram medicamentos genéricos.

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Mais de 6.800 reações adversas a medicamentos foram notificadas em Portugal, num período de três anos, entre 2013 e 2015, e menos de 18% respeitavam a genéricos, remédios que mostraram ter uma percentagem de reacções graves idêntica à dos fármacos de marca.

Segundo dados da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), entre 2013 e 2015 foram notificadas, pelos profissionais e pelos utentes, 6.854 reações adversas a medicamentos, sendo as dos genéricos 1.221, o que representa 17,8% do universo.

“A frequência de reacções adversas graves - em comparação com as não graves - é idêntica no caso dos genéricos (53,6%) e no total dos medicamentos (56,3%)”, refere o Infarmed.

Além disso, dos medicamentos genéricos analisados pelas autoridades apenas 1,5% foram retirados do mercado devido a não-conformidades, uma percentagem igual à verificada no mercado global.

Para a Autoridade do Medicamento, estes dados mostram que “não se justifica a existência de qualquer dúvida em relação aos genéricos disponíveis em Portugal”. O Infarmed lembra ainda que os genéricos são mais baratos e que está a decorrer uma campanha para incentivar a sua utilização.

Dados mais globais mostram que, desde 2004 até Junho deste ano, foram analisados, pelo Laboratório do Infarmed, 12.340 medicamentos e produtos de saúde, 2.287 deles eram genéricos (cerca de metade dos que se encontram no mercado).

Ainda assim, estas análises da Autoridade do Medicamento são apenas uma parte do sistema de supervisão de qualidade e segurança, havendo inspecções a todo o circuito do medicamento, farmacovigilância e controlo laboratorial.

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