27 jul, 2016 - 08:54
Os portugueses cresceram em média, nos últimos 100 anos, cerca de 13 centímetros. É a conclusão a que chega um estudo do Imperial College, de Londres, que analisou a altura média de homens e mulheres de todo o mundo, em 1914 e em 2014.
Os homens portugueses cresceram 13,9 centímetros em 100 anos, e as portuguesas estão 12,5 centímetros mais altas. Com 163 centímetros de altura média, as mulheres portuguesas ocupam o 48.º lugar mundial. Os homens, com 172,9 centímetros, estão mais abaixo, na 74.º posição mundial.
A nível mundial, os homens mais altos são os holandeses, com uma média de 182,5 centímetros de altura. As mais altas são as letãs, com uma altura média de 169,8 centímetros. Já os mais baixos são os homens de Timor-Leste, com 159,8 centímetros de altura. As mulheres mais baixas continuam a ser as de Guatemala, com menos de um metro de meio de altura média - 149,4 centímetros.
As mulheres que cresceram mais em 100 anos foram as sul-coreanas (estão mais altas 20 centímetros em média). Já nos homens, o maior crescimento foi registado pelos iranianos (que cresceram em média 16,5 centímetros).
Há 100 anos os campeões da altura eram outros. Os mais altos eram os suecos e as suecas, mas a lógica inverteu-se, e o país já nem figura nos dez primeiros com os cidadãos mais altos.
Ouvido pelo jornal britânico "The Guardian", um dos autores do estudo, o investigador James Bentham, explica que apesar de a genética ter “uma grande influência na altura”, a partir do momento em que se consideram as médias de uma população esse factor perde influência e o contexto socioeconómico ganha relevância: “A maioria das populações iria crescer o mesmo se vivessem nas mesmas condições”, acrescentou Bentham.
De acordo com outro dos investigadores, Elio Riboli, “a boa notícia é que ser mais alto está associado com uma esperança média de vida maior”. É que nas pessoas mais altas o risco de morrer devido a doenças cardiovasculares é muito mais reduzido, explica o investigador.
Os dados foram obtidos através de uma parceria mundial de cerca de 800 cientistas da área da saúde, que utilizaram perto de 1.500 fontes de informação: militares, governamentais e científicas.