04 jul, 2016 - 19:11 • Susana Madureira Martins
O Bloco de Esquerda está a desenvolver contactos com os diversos grupos parlamentares para chegar a um novo texto sobre a maternidade de substituição, conhecidas popularmente como "barrigas de aluguer".
O diploma original foi vetado pelo Presidente da República que aconselhou os deputados a acolherem recomendações do Conselho Nacional de Ética e para as Ciências da Vida. Agora o Bloco promete responder às dúvidas de Marcelo Rebelo de Sousa até ao dia 15 de Julho, data limite para apresentar uma nova versão.
Ao que a Renascença apurou, o Bloco de Esquerda admite que já há contactos entre os vários grupos parlamentares, com particular atenção aos 24 deputados do PSD que votaram a favor do texto inicial vetado pelo Presidente da República. Estes votos foram essenciais para que a proposta passasse, uma vez que o PCP votou contra, tendo a maioria dos deputados do PS votado a favor.
Os bloquistas admitem que é preciso encontrar um equilíbrio entre as pretensões de Marcelo Rebelo de Sousa e esses deputados social-democratas, ou seja, não perder nenhum dos votos a favor e ao mesmo tempo agradar ao Presidente.
A ordem, sabe a Renascença, é para cautela máxima a tratar deste assunto, que o Bloco assume que é delicado, sobretudo pelo pedido de Marcelo em clarificar no texto os termos da revogação do consentimento e as suas consequências.
Os bloquistas prometem que até dia 15 o texto estará pronto, para que o novo articulado seja votado em plenário no dia 20.