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Cardeal britânico rejeita incidentes racistas pós “Brexit”

28 jun, 2016 - 15:54 • Filipe d'Avillez

O desafio para os líderes do país agora é conseguir falar em nome de todos, diz Vincent Nichols, arcebispo de Westminster.

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O arcebispo de Westminster, que é presidente da Conferência Episcopal de Inglaterra e País de Gales, rejeita os incidentes racistas que se têm multiplicado no Reino Unido após a decisão de abandonar a União Europeia.

Num comunicado publicado esta terça-feira o cardeal Vincent Nichols, que antes do referendo apelou ao voto para permanecer, disse que o racismo é simplesmente inaceitável.

“Tenho plena noção do que se passou com a comunidade polaca em Hammersmith e das pessoas em Newcastle que foram confrontadas com estandartes. Este aumento de racismo, de ódio para com os outros, é algo que não podemos tolerar. Temos de dizer que isto simplesmente não é aceitável numa sociedade humana e que não deve nunca ser provocado ou promovido”.

O primeiro incidente a que o cardeal se refere tem a ver com um acto de vandalismo de que o centro social polaco em Hammersmith foi alvo quando alguém grafitou frases insultuosas, no passado domingo, depois do referendo. Nos dias seguintes o centro tem sido inundado de catas, flores e pedidos de desculpa de outros cidadãos britânicos.

Para Vincent Nichols, o grande desafio agora será os líderes britânicos conseguirem unir de novo a população, que ficou dividida por causa do referendo.

“O grande desafio que enfrentam os líderes da nação agora é falar em nome de todos. Se uma vitória num referendo se mantiver como um ponto de divisão, então tornamo-nos cada vez mais fracos enquanto nação e não seremos capazes de desempenhar a nossa parte no palco internacional, enfrentando os problemas do mundo, que são grandes e complexos”, escreve.

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