Tempo
|
A+ / A-

Louçã garante: “Não falhamos, não recuamos, cumprimos e cumpriremos"

25 jun, 2016 - 20:58

Ex-líder bloquista reafirma que o seu partido não vai deixar cair medidas que quer que o Governo implemente.

A+ / A-

O antigo coordenador do Bloco de Esquerda Francisco Louçã defendeu que o seu partido é "a garantia" do acordo que suporta o Governo, mas advertiu que não recuará e que recusará deixar cair medidas.

Francisco Louçã falava na X Convenção do Bloco de Esquerda, no pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, numa intervenção muito aplaudida pelos delegados bloquistas, sobretudo quando frisou que o Bloco de Esquerda "é o único grande partido com as contas limpas no Tribunal Constitucional".

Sobre a relação do Bloco de Esquerda com o actual Governo, o antigo coordenador e actual conselheiro de Estado defendeu que o seu partido "é a garantia do acordo".

"Não falhamos, não recuamos, cumprimos e cumpriremos. Quem vive do seu salário e da sua pensão sabe que tem o Bloco de Esquerda. Damos uma certeza: Medida a medida não andamos para trás, nunca deixaremos cair, e ai de quem deixar cair", avisou Francisco Louçã, mas sem especificar o destinatário do recado.

Neste contexto em que traçou linhas vermelhas, Louçã deixou ainda a promessa do Bloco de Esquerda impedir privatizações e de se bater pelo "desmantelamento das rendas, porque é na desigualdade social que se tem de encontrar a correcção e a política de uma esquerda que sabe responder".

"É na dívida que vamos buscar os recursos suficientes para os salários e pensões", completou, antes de salientar que, em Janeiro próximo, o salário mínimo nacional será fixado em 557 euros por mês.

O fundador do Bloco de Esquerda caracterizou igualmente o seu partido como uma "garantia", porque representa "a luta social".

Na sua intervenção, o fundador do Bloco de Esquerda pretendeu ainda colocar um cenário de bipolarização política, quando enviou várias críticas às forças do anterior Governo.

"Não vos vou falar do CDS, porque o Bloco já fez a resolução do CDS e são águas passadas", declarou, pondo parte dos delegados a rir.

Francisco Louçã definiu depois o PSD como "o adversário imediato da grande disputa" do Bloco de Esquerda.

"Querem Passos Coelho e o partido das sanções contra Portugal, ou querem um Bloco em defesa do povo? Querem Maria Luís Albuquerque, para quem a política é a continuação da finança especulativa, ou querem um Bloco contra a especulação?", questionou, recebendo palmas.

Na sua intervenção, Francisco Louçã também aproveitou para deixar rasgados elogios a alguns dos principais elementos da direcção do Bloco de Esquerda, a começar na porta-voz, Catarina Martins, que disse ter sido "protagonista da maior transformação da relação de forças em Portugal nos últimos 40 anos".

Numa mensagem para o interior do seu partido, Louçã elogiou ainda os resultados alcançadas pela eurodeputada Marisa Matias na última campanha presidencial, mas, também, logo a seguir, a acção do líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, em defesa da manutenção da Caixa Geral de Depósitos como banco público.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+