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David Cameron demite-se após referendo ditar "Brexit"

24 jun, 2016 - 08:23 • Cristina Nascimento

"Não seria correcto ser o comandante que orienta o nosso país para o seu próximo destino", declarou o primeiro-ministro.

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David Cameron anuncia demissão
David Cameron anuncia demissão

O primeiro-ministro britânico apresentou a sua demissão. David Cameron fez uma declaração do país junto à residência oficial, no número 10 de Downing Street, após o desfecho da contagem dos votos do referendo britânico que deu a vitória ao "Brexit" (51,9% dos britânicos votaram pela saída da UE).

Cameron lembrou que fez campanha pela permanência do Reino Unido na União Europeia, mas considerou que a leitura dos resultados é inequívoca. "O povo britânico tomou uma decisão muito clara de seguir um caminho diferente" .

Tendo ao seu lado a mulher Samantha afirmou que o país precisa de uma nova liderança. "Farei tudo o que puder enquanto primeiro-ministro para manter o navio estável nas próximas semanas e meses, mas penso que não seria correcto tentar ser o comandante que leva o país ao novo destino".

"Não é uma decisão que tenha tomado de ânimo leve, mas acredito que é no interesse nacional ter um período de estabilidade seguido de uma nova liderança. Não é necessário definir um calendário já hoje, mas penso que o objectivo deve ser o de ter um novo primeiro-ministro até à convenção conservadora de Outubro", disse Cameron.

O ainda primeiro-ministro David Cameron elogiou o exercício democrático que o referendo representou. "Nestas confiamos no povo para grandes decisões. Há alturas em que é certo perguntar as pessoas o que querem", disse também.

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  • Vera
    25 jun, 2016 Palmela 04:18
    No meu ver, os ingleses ficam livres como os pássaros!!! o pior é que as exportações que vinham da Inglaterra, vão fazer falta aos outros países que ainda ficam na UE, inclusive, nós! que gastamos muitos produtos vindos de lá! 'sobra sempre, para os mais pobres'!!! E os outros países que fazem parte do Reino Unido, também vão sofrer com isso, principalmente a Escócia! a não ser que os escoceses se separem da Grã-Bretanha, para ficarem na UE! Isto, ainda vai dar chatice... vai, vai!
  • Commonwealth
    24 jun, 2016 Europa Atlântica 14:11
    Vamos aderir à Commonwealth, com base na Velha Aliança, e servir de intermediários entre a Grã-Bretanha e a Europa.
  • zzazza
    24 jun, 2016 lx 11:53
    Que vergonha de imprensa a 'nossa'! Andou a enganar a opinião pública portuguesa até ao derradeiro segundo! Eram 4 (quatro) pontos de vantagem sobre o Brexit, não eram ??!... Pois, agora engulam as mentiras e digam ao povo português o que vai suceder...Se não sabem, que esperem sentados que as consequências não tardarão: «Aterrar de cabeça na realidade num país que vive de empréstimos e cuja dívida nunca pára de crescer». Fazermos sacrifícios? Que os faça quem nos empresta o guito, não é?! Esta é a prática dos governos geringonças, que nos vão levar ao isolamento económico e financeiro... Já nem o Syriza quer ficar para trás... Talvez nos possamos juntar ao palhaço da Coreia do Norte ou pedir ao Putin que nos substitua pela Ucrânia no seu rol de paus-mandados. Ao menos assim teremos gás para aquecer o caldo no Inverno...
  • Carlos Garrido
    24 jun, 2016 Oeiras 11:44
    Há muitos anos que o mundo está orfão de verdadeiros estadistas. Desgraçadamente vimos assistindo a espetáculos de "marinetas" em busca de protagonismo político a qualquer preço. O que Cameron visou com o referendo foi a obtenção de uma arma de arremesso contra a União Europeia, sem medir as reais consequências, capaz de lhe granjear apoio para mais um mandato. E conseguiu. Com custos enormíssimos em todos os níveis. Alguns já, infelizmente, realizados pois que, do cadáver da "Estrela brilhante" da Srª J. Cox, o Sr. Cameron não se livrará. Os outros custos que, seguramente, também lhe cairão nos ombros, irão surgindo aos poucos. Ele que se prepare para o fim do tal Reino Unido. Tomara mesmo que a Escócia, a Irlanda e o País de Gales lutem pela sua vontade de pertencerem a uma Europa solidária e com objetivos comuns e, se assim for, seremos capazes de assistir, no futuro, a um pedido da Inglaterra para voltar.
  • Fernando
    24 jun, 2016 Paredes 11:07
    ...É o principio do fim... da UE...
  • André
    24 jun, 2016 Lisboa 10:45
    Fez ele muito bem. Irlanda do Norte já submeteu o requerimento para se retirar do Reino Unido a 31 de Dezembro de 2016 e iniciar o processo de agregação com a Irlanda. Escócia irá reunir de emergência, para o parlamento local marcar nova data para um referendo para renunciarem ao Reino Unido. Gales também já está a estudar a forma de realizar um referendo para decidir o que fazer após abandonar a Inglaterra. Os ingleses seguiram as instruções da banca e dos "investidores", sem imaginar o que virá a seguir... Pena é que nos vão atingir.
  • Zé Povinho
    24 jun, 2016 Lisboa 10:05
    Sou a favor de Portugal numa Comunidade Europeia saudável mas...Se o projeto Europeu não mudar de atitude para com os seus parceiros, no sentido de mais justiça económico Social, porque não um POREXIT?
  • Octávio Gomes
    24 jun, 2016 Lisboa 10:02
    Um dos temas que na minha opinião faz sair os britânicos é a situação desastrada com que Merkel tem liderado o tratamento dos refugiados e da emigração na Europa, entre outras haverá uma segunda causa que se prende com o desgoverno que os diversos estados fazem da União com o esbanjar dos impostos, dinheiro dos cidadãos, e com a protecção cega dada ao sector bancário. No primeiro assunto, a Europa não pode escancarar as portas a qualquer um, não podemos meter dentro da nossa "casa" um nº ilimitado de pessoas, devemos ajudar sim, mas de uma forma equilibrada, que não nos prejudique a nós próprios, que lutámos, com o preço de muitas vidas, por uma Europa livre, temos que preservar estes valores e ter a noção de que muitas das pessoas que nos procuram, tem modos de vida muito pouco democráticos e não aceitam as nossas liberdades, contribuindo se puderem, para a limitar. No segundo assunto, o desgoverno e o mau tratamento dado aos impostos dos contribuintes, a desequilibrada proteção dada ao sector bancario, o desemprego, criado com a fuga de fábricas para países que não respeitam os direitos humanos, são temas que infelizmente ajudaram e muito bem, o RU a tomar a decisão de sair da União.
  • Zé Povinho
    24 jun, 2016 Lisboa 09:36
    Foi bom este referendo! Quem sabe nos dê força para a partir de agora, ser altura de assumirmos a nossa estratégia de afirmação pelos tantos recursos que temos no mar e no nossa zona economica exclusiva, que é a maior da europa!
  • José Seco
    24 jun, 2016 Lisboa 09:36
    Um exemplo a seguir para muitos países se realmente querem melhorar a situação em que se encontram!

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