21 jun, 2016 - 11:25
Os detentores de obrigações da PT podem perder parte do investimento, sobretudo os pequenos investidores que compraram dívida da antiga PT, em 2012.
No comunicado divulgado na sua página na Internet, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) anuncia a suspensão dos valores mobiliários da Pharol e da Portugal Telecom Internacional Finance até à divulgação de informação relevante relativa ao pedido de recuperação judicial das Empresas Oi.
As acções da Pharol terminaram na segunda-feira a 0,128 euros, a baixar 4,47% face à sessão anterior, depois de terem caído até ao mínimo de 0,122 euros em 24 de Maio.
A empresa de telecomunicações brasileira Oi entrou, na segunda-feira, com um pedido de recuperação judicial na comarca da capital do estado do Rio de Janeiro para tentar manter a continuidade do negócio, segundo um comunicado emitido por aquela entidade.
A empresa refere, em comunicado, que o pedido de recuperação judicial é, neste momento, o mais "adequado" para preservar a continuidade da oferta dos serviços aos clientes, preservar o valor da Oi, manter a continuidade do negócio e da sua função social.
Em 2015, a Oi vendeu a PT Portugal à empresa francesa Altice. A Pharol, antiga PT SGPS, detém cerca de 27% da operadora de telecomunicações brasileira Oi.
A dívida da antiga PT comprada em 2012 por pequenos investidores ascendia a cerca de 230 milhões, com promessa de pagamento de 6,25% de juro.
As obrigações vencem a 26 de Julho e, na opinião de Pedro Lino, da corretora DIF Brookers, quem investiu o dinheiro poderá ter de assumir os prejuízos da Oi.
À Renascença, o especialista adianta que, eventualmente, pode ser feito um pagamento parcial aos investidores ou troca de obrigações por outras, a pagar no futuro.