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Obama ataca discurso "perigoso" de Trump após massacre na Flórida

14 jun, 2016 - 20:34

Presidente considera que ideias do multimilionário que quer chegar à Casa Branca viola princípios da democracia norte-americana.

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Proibir a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos, como defende Donald Trump, é uma ideia “perigosa” que viola os princípios da democracia norte-americana, acusa o Presidente dos Estados Unidos.

No rescaldo do massacre numa discoteca em Orlando, na Flórida, Barack Obama condenou a retórica do multimilionário que será o candidato republicano à Casa Branca nas eleições de Novembro.

“Ouvimos linguagem direccionada aos imigrantes e que sugere que comunidades religiosas inteiras são complacentes com a violência”, criticou Obama.

Numa intervenção realizada esta terça-feira no Departamento do Tesouro, o Presidente tentou desmontar os argumentos de Trump.

“Onde é que isto vai parar? Vamos começar a tratar todos os muçulmanos norte-americanos de forma diferente? Vamos submetê-los a vigilância especial? Vamos discriminá-los por causa da sua fé?”, questionou.

Obama desvalorizou as críticas dos adversários republicanos ao facto de não se referir ao autoproclamado Estado Islâmico como “terrorismo radical islâmico”.

“O que alcançaria com a utilização deste rótulo, o que mudaria? Alguém pensa, a sério, que nós não sabemos quem estamos a combater? Utilizar a expressão Islão radical não faz magia”, atirou o Presidente.

O líder norte-americano alerta que quem relaciona todos os muçulmanos com o radicalismo e deixa implícito que há uma guerra contra uma religião inteira está a fazer o que os terroristas querem.

O ataque de domingo contra uma discoteca de Orlando provocou 49 mortos e mais de 50 feridos.

O massacre é o pior atentado desde o 11 de Setembro de 2001, quando um grupo de terroristas lançou aviões contra as Torres Gémeas e o Pentágono.

O ataque contra o clube nocturno de Orlando, frequentado pela comunidade homossexual, foi levado a cabo por Omar Mateen, um homem nascido há 29 anos nos Estados Unidos, filhos de imigrantes afegãos.

Comentários
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  • augusto silva
    15 jun, 2016 r maior 11:53
    Bom seria se as armas fossem destruídas e paz reine entre as pessoas condições e princípios que leve o homem a consomar a sua vida neste mundo que lhes foi oferecido doutra forma está perdido para sempre como se entende o homem abdique do que mais precisa e deseja só revela avareza e perdição só o amor pode vencer as desigualdades e contruir a paz, educação e bons reguladores para guiar a humanidade na alegria se chega a bom termo.
  • António Costa
    14 jun, 2016 Cacém 23:30
    "Onde é que isto vai parar?" Olhe Sr. Presidente Obama, quando o senhor está contra uma Lei da vossa Constituição, por não concordar com ela, tenta mudá-la. É o que acontece presentemente com o uso de armas de fogo, no seu país. "Onde é que isto vai parar" quando a Constituição é de Direito Divino, é que o Sr. Presidente Obama se torna Imediatamente Inimigo de Deus ao discordar da Constituição! E assim a pena para quem discorda é só a Morte! Por exemplo no Paquistão, com a Lei Anti Blasfémia, não se brinca! O Problema Sr. Presidente é que o Islão é um Código de Leis! De Regras Divinas sem direito a discussão! Não é uma crença religiosa, no sentido Cristão do termo! É muito triste, de fato e não tem a haver com as pessoas serem "boas" ou "más" mas há uma comunidade religiosa inteira tem sido e é complacente com a violência. Porquê? Porque lhes é ensinado desde o "berço" a respeitar apenas as Leis Religiosas e não as pessoas!

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