Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Paredes

Director de instituição acusado. Medicação excessiva, bofetadas e outros castigos

24 mai, 2016 - 16:17

É acusado de 13 crimes de maus-tratos. Nunca contratou técnicos especializados e procedia à medicação de utentes, castigava-os fisicamente ou privava-os de alimentos.

A+ / A-

O Ministério Público (MP) acusou o director de uma instituição privada de Beire, Paredes, da alegada prática de 13 crimes de maus-tratos e de um crime de ofensa à integridade física grave.

De acordo com o site da Procuradoria-Geral Distrital do Porto, o arguido é "responsável pela gestão diária de uma instituição dedicada acolhimento de doentes, deficientes físicos e mentais, idosos e crianças".

Os factos que constam da acusação reportam-se, acrescenta o Ministério Público, ao período de Agosto de 2006 a 21 de Maio de 2015.

A acusação considerou indiciado que o arguido, "enquanto director da instituição e sem qualquer formação na área da saúde, nunca contratou, nem sequer a tempo parcial, quaisquer técnicos especializados para a instituição, nomeadamente nas áreas da saúde mental, geriatria, terapia ocupacional ou enfermagem".

Segundo o MP de Penafiel, aquele responsável "procedia ele próprio à medicação de utentes, doseando segundo o seu critério e à sutura de feridas".

"Castigava os utentes desferindo-lhes bofetadas ou pancadas com uma bengala ou privando-os de alimentos, ou fechando-os em quartos, locais de arrumos ou num buraco destinado a silo de cereais", lê-se na informação da Procuradoria-Geral Distrital do Porto.

Como modo de "controlar os movimentos de alguns utentes", o arguido terá ainda, segundo o Ministério Público, determinado "que fossem amarrados pelos pulsos às grades das varandas dos pavilhões, às cadeiras de rodas ou às cadeiras sanitárias".

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • fr
    28 mai, 2016 portugal 23:30
    Enquanto isso vejo indivíduos altamente formados, inteligentes e simpáticos a emigrarem ou repor as prateleiras dos supermercados.

Destaques V+