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​Igreja portuguesa vai premiar jornalistas

05 mai, 2016 - 06:42 • Ângela Roque

O Dia Mundial das Comunicações Sociais é no próximo domingo, mas vai ser assinalado esta quinta-feira com o lançamento de um livro e de um prémio de jornalismo. Em destaque estará a mensagem do Papa para este ano, que lembra como “escutar” é importante para a comunicação.

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A Igreja portuguesa vai criar um prémio de jornalismo. A iniciativa vai ser lançada esta quinta-feira, dia da festa da Ascensão do Senhor, altura em que se assinala o Dia Mundial das Comunicações Sociais (8 de Maio). Há 50 anos que é assim, desde a recomendação nesse sentido, saída do Concílio Vaticano II.

O novo director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS), padre Américo Aguiar, explica que foi este “número redondo” que levou a pensar em assinalar a data de uma forma especial.

“Quando constatámos que a mensagem deste ano do Papa Francisco era a 50.ª, saltou-nos o desejo de oferecer a todos aqueles que trabalham e vivem o seu serviço na área da pastoral das comunicações sociais, uma compilação de todas as mensagens publicadas até agora”, afirma.

"É um objecto de trabalho muito útil que nos permite fazer uma viagem de meio século, através daquilo que os Papas, de Paulo VI até ao Papa Francisco, têm dito, reflectido e feito como desafio à Igreja e, de um modo especial, à Pastoral das Comunicações Sociais”, acrescenta.

O livro "50 Mensagens" inclui todas as mensagens pontifícias divulgadas até hoje, e também o discurso que João Paulo I (que só foi Papa por 23 dias) fez aos jornalistas depois de eleito: “é uma magnífica reflexão sobre a importância e a necessidade da comunicação gerar comunhão, que nos pareceu muito oportuno também divulgar”, explica.

Prémio de jornalismo e homenagem a D. Manuel Falcão

Além do livro, será criado o “Prémio de Jornalismo D. Manuel Falcão”. “É um prémio a atribuir aos jornalistas, quer da Igreja quer de fora da Igreja, para sublinhar e bendizer todos os que nesta profissão tão especial, e tão difícil nos tempos de hoje, se esforçam por serem arautos da verdade. Porque aquilo que os jornalistas fazem, e aquilo que a Igreja quer, é exactamente a mesma coisa, que a verdade tenha prioridade, independentemente de serem órgãos de comunicação social da Igreja, ou generalistas”, sublinha o responsável pelo SNCS.

O prémio é também uma homenagem ao antigo bispo, que morreu em 2012. O padre Américo, que já conheceu D. Manuel Falcão “na sua fase do Outono da vida, como bispo emérito de Beja”, diz que sempre ouviu ouviu falar dele como uma referência: “É uma figura de total consenso, um percursor daquilo que foi o trabalho na Igreja, na produção de um boletim de informação diocesano e nacional, no estudo da sociologia, do fenómeno da religião. Foi, portanto, um estudioso, e um percursor daquilo que hoje acaba por ser o Secretariado Nacional das Comunicações Sociais e da agência Ecclesia. Com este prémio homenageamos a pessoa, o bispo, o pastor, o especialista, e, ao mesmo tempo todos, os que no futuro o vierem a receber."

O prémio e o livro vão ser lançados esta quinta-feira à tarde, num encontro com jornalistas. Na sessão, que vai decorrer na Igreja de S. Roque, em Lisboa, onde D. Pio Alves irá reflectir sobre a mensagem do Papa Francisco para o Dia das Comunicações Sociais deste ano. Com o título “Comunicação e Misericórdia: um encontro fecundo”, a mensagem lembra a importância da “escuta” para a comunicação, que deve “criar pontes” e “proximidade”.

A vaticanista da Renascença, Aura Miguel, vai falar sobre a relação de João Paulo II, Bento XVI e Francisco com os media, e o padre Américo Aguiar vai apresentar o livro e o novo prémio de jornalismo.

O novo director do SNCS, que é também vice-presidente do grupo r/com, espera que este Dia das Comunicações Sociais seja assinalado nas várias comunidades e dioceses: “É preciso reflectir sobre o que cada um pode fazer. Quais são as capacidades e dons que tenho, individualmente ou como instituição, para poder realizar este serviço tão urgente da pastoral das comunicações sociais? Que aquilo que fazemos, dizemos e escrevemos, seja no continente digital, seja num jornal, numa radio, ou na televisão, que em todas as plataformas transpire a misericórdia de Deus”.

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