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​Como (e onde) passam férias os europeus?

16 mar, 2016 - 14:36 • Ana Carrilho

Numa altura em que, em vários países da União Europeia, é altura dos trabalhadores agendarem os seus dias de descanso, a Renascença aproveitou a Bolsa de Turismo de Lisboa para confirmar tendências e perceber como e onde passam as férias os europeus.

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Trabalho Sem Fronteiras (16/03/2016)

Depois das feiras de turismo da Holanda, Bélgica, da mais próxima FITUR de Madrid e a maior do mundo, a ITB de Berlim, chegou a vez da BTL – Feira Internacional de Turismo de Lisboa.

Brasil, Caraíbas, Cabo Verde, Algarve, Açores e Europa estão entre os destinos mais procurados pelos portugueses para as férias grandes, de Verão ou para as “escapadinhas”, como reconhece a directora de marketing e comunicação da agência de viagens Geostar , Tânia Graça.

A BTL é uma montra para os produtos inovadores ou para aqueles em que os grandes operadores investiram mais, até com risco. E que por maioria de razão, têm que ser vendidos. A promoção é grande e agressiva. Pedro Leal, dono de uma agência independente membro do grupo Bytravel, revela que os seus clientes lhe pedem muito a Europa.

Serão certamente alguns dos turistas e viajantes que contribuíram para os 2,8 mil milhões de noites vendidas o ano passado nos estabelecimentos hoteleiros da União Europeia. Um crescimento de 3,2% em relação ao ano anterior, com a Espanha, França, Itália e Alemanha no topo da tabela de dormidas, a rondar os 400 milhões, segundo os dados do Eurostat revelados recentemente.

O ano passado, Portugal garantiu a venda de mais de 55 milhões de dormidas, dois terços das quais, para estrangeiros que, assim, aumentaram a sua quota no turismo nacional. Entre os portugueses registou-se uma quebra, dizem as estatísticas europeias, contrariando os dados do INE que falam num aumento de registo de hóspedes nacionais.

Os portugueses continuam a eleger os meses de Verão como os preferidos para as férias e, ainda segundo o Instituto Nacional de Estatística, nesse período, o ano passado, pelo menos um terço da população residente em Portugal fez uma viagem turística. Foram quase 7 milhões em 3 meses, pouco menos de 1% para o estrangeiro, ou seja, mais do que em 2014. Mas se puderem, os turistas nacionais ficam em casa de família ou amigos, à borla! Foi o que fez a grande maioria.

As mais de 673 mil viagens ao estrangeiro tiveram como motivo principal o lazer. E é à procura de descanso, divertimento e experiências diferentes que os turistas vão às feiras.

Em Portugal, o turismo é um sector em expansão. O ano passado as receitas turísticas valeram 11,3 mil milhões de euros e para este ano o Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral já subiu a fasquia.

A aposta é na qualificação da oferta de alojamento, gastronomia, património, cultura e natureza. Ou seja, produtos diferentes com marca portuguesa e que atraem turistas. Há cada vez mais projectos inovadores e muitos contam com financiamento europeu, ao abrigo do Programa Portugal 2020.

Quase 200 projectos já foram aprovados, revelou a Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, em entrevista à jornalista Ana Carrilho. Uma conversa em que a titular da pasta também desvalorizou a polémica criada com transformação de edifícios icónicos das cidades de Lisboa e Porto em espaços de oferta turística.

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