05 mar, 2016 - 10:23 • Ana Lisboa
Realiza-se este fim-de-semana a 46ª peregrinação nacional dos centro de preparação para o matrimónio (CPM). Durante dois dias, vão estar reunidos em Fátima para falar sobre o casamento.
Um dos participantes é D. Antonino Dias, presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família e bispo da diocese de Portalegre/Castelo Branco. À Renascença, diz que se pode esperar “uma aposta mais forte na preparação, porque o matrimónio cristão não pode reduzir-se a uma tradição cultural, nem a uma simples convenção jurídica”.
“É um chamamento de Deus que requer discernimento atento, oração constante e amadurecimento adequado, sendo necessários depois percursos formativos que acompanhem a pessoa e o casal, de modo a que a esta comunicação de conteúdos da fé se una também a experiência de vida oferecida por toda a comunidade eclesial”, acrescenta.
D. Antonino, que participou no último Sínodo da Família, considera que “tudo isto pede à Igreja uma nova cultura de evangelização”. Nesse sentido, “impõe-se avaliar a vitalidade das nossas estruturas, dos nossos quadros de serviço pastoral, para que sejam capazes de servir e usar novos caminhos pastorais mais estimulantes, mais eficientes dentro daquilo que é a preparação para o sacramento do matrimónio”.
O objectivo destes encontros nacionais é, por isso, reflectir sobre tudo isto. “Porque a Igreja e o mundo precisam de famílias que se sintam verdadeiramente amadas por Deus, apaixonadas pelo projecto de Jesus Cristo e que testemunhem com alegria e encanto a beleza da família”.
Conselhos aos casais
Além de uma boa preparação para o casamento, é também importante que o casal siga alguns conselhos.
O bispo de Portalegre/Castelo Branco afirma que “tudo aquilo que são virtudes da sociabilidade humana, o casal deve ter. E depois toda a tolerância e compreensão”.
“Como diz o Papa Francisco, [é preciso] saber pedir licença, saber dizer obrigado, saber pedir desculpa, as pequeninas coisas do dia-a-dia. E a família é o espaço privilegiado para fomentar essa cultura, dar valor às coisas pequeninas, para que todos se sintam amados, para que todos se sintam úteis, para que todos saibam dar as mãos para caminharem fortalecendo a própria unidade familiar”, sublinha D. Antonino.
Outro aspecto importante destacado pelo bispo é a participação da família na comunidade, “a abertura aos outros”, porque “uma família não se pode fechar em si”. ,
“Se se fecha em si, morre asfixiada. Quanto mais der aos outros e se abrir aos outros, descobrindo a sua vocação e a sua missão, mais feliz ela será”, destaca.
O encontro dos centros de preparação para o matrimónio é um dos temas a ser desenvolvido no programa da Renascença “Princípio e Fim”, emitido no domingo à noite, pelas 23h30.