11 fev, 2016 - 17:06 • Paulo Ribeiro Pinto
Depois da união das esquerdas, o PSD diz que a reversão da privatização da TAP é uma nova “geringonça”. As alterações ao negócio da transportadora aérea nacional motivaram discussão esta quinta-feira no Parlamento, com os social-democratas a montarem uma frente de ataque contra o Governo e o ministro do Planeamento e Infra-estruturas, Pedro Marques.
No debate de urgência desta quinta-feira, convocado a pedido da bancada social-democrata, Luís Montenegro pediu esclarecimentos ao ministro. O líder da bancada do PSD lembrou que, para reaver 50% do capital da companhia aérea, o Estado já desembolsou 1,9 milhões de euros a que se juntam as garantias de 30 milhões, e convidou Pedro Marques a explicar os termos do negócio.
“Esta é a oportunidade que lhe damos de explicar mais esta geringonça. Tem a palavra para mostrar de que forma está acautelado o interesse público neste acordo e de que forma estão acautelados os interesses estratégicos que subjazem a operação da TAP. O Governo protagonizou toda esta encenação a troco de quê? Com que encargos para o erário publico e para os contribuintes?”, questionou Montenegro.
As perguntas ficaram, em parte, sem resposta por parte do ministro do Planeamento, que sublinhou que “o Governo conseguiu assegurar o mais importante – a presença efectiva no futuro da empresa e a defesa do interesse nacional”.
“O Estado continuará a ter um papel decisivo na definição do plano estratégico da companhia, garantindo a manutenção e desenvolvimento do ‘hub’, a ligação à lusofonia, a continuidade da marca TAP, a sua associação a Portugal”, defendeu o ministro.
“O conselho de administração será o garante da execução do plano estratégico, cabendo-lhe a decisão sobre matérias importantes que não sejam de gestao corrente da empresa”, acrescentou Pedro Marques, lembrando ainda que a privatização foi feita já o anterior Governo tinha sido demitido.
Quanto às rotas aéreas para o Porto, o ministro garante que são para manter.