11 fev, 2016 - 11:05 • Olímpia Mairos
O bispo de Vila Real quer que sejam os padres a dar o exemplo no que diz respeito à confissão.
Na sua mensagem de Quaresma, D. Amândio Tomás diz aos sacerdotes que “não se pode oferecer a outros o que não queremos para nós”. Os sacerdotes são convidados a testemunhar que são “beneficiários do perdão de Deus”.
É com a exortação à misericórdia, bondade, humildade, mansidão, paciência e perdão que o bispo de Vila Real inicia a sua mensagem de Quaresma.
“Não há Quaresma, sem Deus e vida gloriosa, nem Páscoa, sem morte, jejum, esmola, imitação e sequela de Cristo”, escreve o prelado.
Na sua mensagem, D. Amândio Tomás exorta os sacerdotes e os fiéis da diocese a “apreciar e frequentar, assiduamente, o sacramento da reconciliação”, que “é o sacramento da alegria e da cura interior”, refere.
“Precisamos de ser perdoados, purificados do pecado, de ser guiados e experimentar a alegria do perdão e misericórdia de Deus”.
Aos sacerdotes, o bispo dá orientações precisas: “Os padres confessem-se de mês a mês e vivam, rectamente, uma vida santa”, porque, “na medida em que puserem em prática a vontade de Deus e viverem segundo a recta consciência, conquistarão os outros, para Cristo”, conclui.
“Não se pode oferecer a outros o que não queremos para nós. Se queremos que outros aceitem o perdão e a misericórdia de Deus, abeiremo-nos nós mesmos, queridos padres, do sacramento da penitência, testemunhando que somos pecadores e beneficiários do perdão de Deus”, escreve D. Amândio.
D. Amândio Tomás recorda que “a misericórdia divina é anunciada ao mundo pelos que crêem no Filho” e pelos que “testemunham diálogo, solidariedade, compaixão e sobriedade, renunciando ao supérfluo e ao esbanjamento, para os pobres terem o necessário”.
“Imitemos a compaixão de Cristo” – apela o prelado – pois “é desumano e blasfemo matar, ofender e fazer o mal, em nome de Deus, Supremo Bem, Verdade e Beleza”.
Cumprir a regra de ouro “não fazendo ao outro o que não desejamos que o outro nos faça a nós” é a máxima dada aos fiéis também para este itinerário quaresmal, porque, reforça o bispo de Vila Real, “o amor a Deus exige o amor ao próximo, pois o que não ama o irmão que vê, não pode amar a Deus a quem não vê”.
A finalizar a sua mensagem, o prelado anuncia que durante o Ano de 2016, a renúncia diocesana dos católicos da diocese será destinada, em partes iguais, para o Centro de Apoio à Vida “Florescer”, na ajuda à vida humana, nascente e em todas as suas fases e auxílio, aconselhamento e acompanhamento das mães e para o Seminário de Vila Real, necessitado de obras, e para promover e acompanhar as Vocações Sacerdotais e Ministeriais Diocesanas.
D. Amândio recorda que estas duas intenções foram as do primeiro bispo da Diocese, D. João Evangelista de Lima Vidal, que fundou as Florinhas da Neve, que, no dia 8 de Dezembro, completaram 90 anos de existência, e lançou os alicerces do Seminário de Vila Real, que é o coração da diocese.