02 fev, 2016 - 20:15 • Ana Lisboa
Os jovens adultos portugueses revelam interesse pelas “temáticas da espiritualidade e do religioso”, revela um estudo sobre a vida consagrada encomendado pela Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal.
“Os números são bastante claros: cerca de 75% deles apresenta-se disponível ou interessado nestas matérias”, aponta o coordenador do estudo, Carlos Liz, especialista em estudos de mercado na IPSOS APEME.
O estudo “tinha como objectivo principal compreender que tipo de actividades de perspectivas, de percepções é que os jovens adultos tinham relativamente às coisas da Igreja e, em particular, ao tema da Vida Consagrada”, explica Carlos Liz.
Apesar do interesse, a expressão “vida consagrada” é desconhecida para um grande número de jovens. “Cerca de um terço não sabe o que é”, afirma Carlos Liz. Entre os jovens que têm alguma opinião, há “fundamentalmente uma ideia de uma maior proximidade, de uma maior dedicação ao sagrado”.
Há ainda outra ideia cativante para os jovens que “tem a ver com um conceito muito atractivo, algo difuso, mas que é a noção da viagem, da disponibilidade para ir a novos sítios, muito ligado com o tema das missões”, destaca ainda o coordenador do estudo.
Existe entre os jovens uma grande simpatia pelo Papa Francisco e pelas mensagens que transmite, mas, contrariamente, que os jovens nutrem pouca simpatia pela Igreja. “Temos números muito baixos relativamente a uma simpatia imediata. A Igreja surge aos olhos das pessoas como demasiado eterna, se assim se pode dizer, no sentido de demasiado fora do tempo.”
Para este estudo contou a opinião de jovens entre os 18 e os 34 anos, de todo o país, e foram realizadas mais de 1.700 entrevistas durante o ano passado.
O Ano da Vida Consagrada começou a 29 de Novembro de 2014 por iniciativa do Papa Francisco e terminou esta terça-feira, dia em que a Igreja celebra a Festa Litúrgica da Apresentação do Senhor no Templo.