01 fev, 2016 - 19:05 • Ana Lisboa
O Papa Francisco recebeu esta segunda-feira, no Vaticano, cerca de cinco mil consagrados na véspera do encerramento deste ano dedicado à vida consagrada.
O Papa pôs de parte o discurso que já tinha preparado para a ocasião e falou de improviso aos participantes. Durante um encontro que durou cerca de uma hora, sublinhou que a “a vida consagrada deve levar à proximidade com as pessoas: proximidade física e espiritual”.
Francisco frisou que a consagração na Igreja Católica não serve para subir na “escala social”, nem é “um 'status' de vida” que faz olhar os outros de longe.
O Papa começou por elogiar a “profecia da obediência”, um dos três votos dos consagrados, descrevendo uma obediência que não é do estilo “militar”, mas de “doação do coração”. Francisco centrou-se também no tema da esperança, sobretudo do ponto de vista da crise de vocações. “Contra a desesperança que nos provoca esta esterilidade, devemos rezar mais”, apontou.
“Confesso-vos que me custa muito quando vejo a queda das vocações, quando tenho de receber os bispos e pergunto quantos seminaristas têm, [e me respondem]: ‘Quatro, cinco’. Quando vós, nas vossas comunidades religiosas, masculinas ou femininas, têm um noviço ou uma noviça e a comunidade envelhece”, admitiu Francisco.
Face a esta situação, o Papa pede que se continuem a discernir bem as vocações dos candidatos à vida consagrada.
O Ano da Vida Consagrada começou a 29 de Novembro de 2014 por iniciativa do Papa Francisco e termina na terça-feira, 2 de Fevereiro, dia em que a Igreja celebra a festa litúrgica da apresentação do Senhor no templo.