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Morreu o muçulmano que protegeu cristãos de um atentado no Quénia

20 jan, 2016 - 17:55

Quando o al-Shabab ameaçou matar os passageiros cristãos de um autocarro, o muçulmano Salah Farah recusou-se a abandonar os restantes passageiros e foi baleado.

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Morreu na terça-feira um muçulmano no Quénia que se recusou a abandonar os cristãos durante um atentado em Dezembro de 2015, devido a ferimentos que recebeu na altura.

Salah Farah estava num autocarro que foi parado por terroristas do grupo jihadista al-Shabab, que estão sedeados na Somália mas fazem incursões para atacar alvos no Quénia também.

Os terroristas mandaram todos os passageiros sair do autocarro e disseram aos muçulmanos para se afastarem, deixando apenas os cristãos. Mas vários dos muçulmanos, incluindo Farah, recusaram, dizendo que se iam matar os cristãos teriam de os matar a todos.

Os terroristas acabaram por abandonar o espaço sem levar a cabo o massacre que pretendiam, mas não antes de disparar contra alguns dos presentes, ferindo Farah.

Na terça-feira, durante uma cirurgia para tratar do seu ferimento, o homem, que foi classificado como herói pelas autoridades, morreu.

Na sequência do atentado, Farah justificou os seus actos dizendo que pretende harmonia inter-religiosa no Quénia. “Somos irmãos. O que nos separa é a religião. Peço aos meus irmãos muçulmanos que cuidem dos cristãos e aos cristãos que cuidem de nós. Ajudemo-nos uns aos outros e vivamos em paz”, disse à rádio Voice of America.

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