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Primeiro-ministro reage à morte de Almeida Santos. “Era um homem extraordinário”

19 jan, 2016 - 02:10

António Costa diz que perdeu um grande amigo e lembra Almeida Santos como "um dos grandes legisladores" e "obreiro da descolonização".

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Almeida Santos fazia acreditar "que existe vida eterna na terra", diz António Costa
Almeida Santos fazia acreditar "que existe vida eterna na terra", diz António Costa

Portugal perdeu um “homem extraordinário”, afirma o primeiro-ministro, António Costa, em reacção à morte do histórico socialista e antigo presidente da Assembleia da República Almeida Santos.

À chegada a Cabo Verde, a sua primeira visita oficial, António Costa manifestou a sua “enorme tristeza” por ver partir um amigo.

“Esta notícia aqui à chegada a Cabo Verde é a perda de um grande amigo, de um camarada, alguém com uma extraordinária vitalidade. Ainda ontem [domingo] todos o pudemos ver a discursar em apoio à candidatura da doutora Maria de Belém”, assinalou o primeiro-ministro e líder do PS.

Almeida Santos, prosseguiu António Costa, “foi um homem extraordinário, um dos grandes legisladores que construiu o Estado de Direito democrático a seguir ao 25 de Abril, um dos obreiros da descolonização e um homem que ao longo de toda a sua vida pública, no Governo, como deputado, como presidente da Assembleia da República, como presidente do PS, deu sempre tudo do melhor que sabia e tinha tanto tanto para dar, à política, à democracia, às ideias em que acreditava”.

“É com enorme tristeza que soube do seu falecimento, porque o António de Almeida Santos era daquelas pessoas que nos levavam a acreditar que havia vida eterna na terra”, sublinhou o primeiro-ministro.

Almeida Santos morreu esta segunda-feira à noite na sua casa, em Oeiras, a poucas semanas de completar 90 anos.

O corpo do fundador do PS deverá estar em câmara ardente na Basílica da Estrela, em Lisboa, mas não haverá cerimónia religiosa, a pedido do próprio, adiantou fonte da família.

Comentários
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  • Vera
    19 jan, 2016 Palmela 19:20
    Srª Zita, compreendo a sua mágoa, pelo que aconteceu ao seu irmão! mas deixe que aqueles que vieram de lá vivos, não têm melhor sorte, porque sofrem até ao fim da vida, eu conheço, infelizmente! vivem infelizes e tornam os outros infelizes, é uma tormenta!!! Mas eu só falei, porque acho que não era a altura indicada, para se tocar nesse assunto! Este é um momento de silêncio, que devemos de respeitar. Nada mais.
  • Maria Mercês
    19 jan, 2016 Santarém 16:28
    Pois Sr. Joaquim, os tais retornados tinham e têm tanto direito a ser respeitados como o Sr. que certamente também já passou á história. Receber refugiados e apoiar, não é só agora de acontece. Já aconteceu há muito tempo e o pessoal de esquerda rejeitou e insultou quem vinha das ex- colónias. São opiniões que não discuto pois as palas não deixam ver mais longe muita gente.
  • Joaquim
    19 jan, 2016 Almada 16:16
    Paz à sua alma! Foi mais um Homem Bom, honesto, sério, digno, respeitador do seu próximo e sempre pronto a ajudar quem dos seus préstimos necessitava e lhe pedia. Podem agora "as vozes de burro e dos ressaibiados", que sempre aparecem nestas alturas, vir aqui debitar os seus vómitos de vingançazinhas e mesquinhez (como já se estão a ver em algumas das patacoadas nos poucos comentários já inseridos) que devem ser de retornados que já passaram à história e pelos vistos nunca houve noticia de terem morrido à fome ou por serem cá maltratados, tendo muitíssimos deles até refeito e de que maneira, a vidinha por cá, aliás situações essas, p.ex., completamente diferentes, para muito melhor, dos refugiados e deslocados da atualidade em várias partes do mundo, infelimente). Mas podem estar certos que as suas aleivosias nunca chegarão sequer a arranhar as solas dos sapatos do dignissimo Dr. Almeida Santos. Ele que pela sua vida fora, profissional e pessoalmente, sempre tentou fazer o melhor que soube e pôde (e que fez muito e importante) pela democracia, liberdade e bem-estar dos Portugueses e dos povos em geral. Também teve os seus revezes e desgostos pessoais (alguns bem amargos, como muitos dos seus amigos sabem). Que descanse em Paz e a sua alma siga o caminho dos Justos para junto do Pai, como certamente vai acontecer !!! Bem haja para sempre, Dr. Almeida Santos.
  • Joaquim
    19 jan, 2016 Almada 16:04
    Paz à sua alma! Foi mais um Homem Bom, honesto, sério, digno, respeitador do seu próximo e sempre pronto a ajudar quem dos seus préstimos necessitava e lhe pedia. Podem agora "as vozes de burro e dos ressaibiados", que sempre aparecem nestas alturas, vir aqui debitar os seus vómitos de vingançazinhas e mesquinhez (como já se estão a ver em algumas das patacoadas nos poucos comentários já inseridos) que devem ser de retornados que já passaram à história e pelos vistos nunca houve noticia de terem morrido à fome ou por serem cá maltratados, tendo muitoíssimos deles até refeito e de que maneira, a vidinha por cá, aliás situações essas, p.ex., completamente diferentes, para muito melhor, dos refugiados e deslocados da atualidade em várias partes do mundo, infelimente). Mas podem estar certos que as suas aleivosias nunca chegarão sequer a arranhar as solas dos sapatos do dignissimo Dr. Almeida Santos. Ele que pela sua vida fora, profissional e pessoalmente, sempre tentou fazer o melhor que soube e pôde (e que fez muito e importante) pela democracia, liberdade e bem-estar dos Portugueses e dos povos em geral. Também teve os seus revezes e desgostos pessoais (alguns bem amargos, como muitos dos seus amigos sabem). Que descanse em Paz e a sua alma siga o caminho dos Justos para junto do Pai, como certamente vai acontecer !!! Bem haja para sempre, Dr. Almeida Santos.
  • zita
    19 jan, 2016 lisboa 15:09
    Sra. Vera, não percebeu nada do que eu escrevi, nada tenho contra os regressados das colónias, antes pelo contrário tenho muito bons amigos que tinham uma vida de trabalho e organizada que vieram para Portugal sem nada o que não é justo. Relativamente o território ocupado por nós tem toda a razão nunca o devíamos ter ocupado e se não o tivéssemos ocupado, o meu irmão não teria ido para Angola, (que não queria ir) não teria morrido aos 21 anos de idade com uma vida pela frente. Quanto aos colonizados, continuo a dizer que ficaram abandonados, sem democracia, sem liberdade, sem nada. As colónias são de meia dúzia de famílias a quem foram entregues.
  • Ana Paula Cabrita
    19 jan, 2016 Aljezur 11:13
    O Sr António Costa deveria completar a frase dizendo - UM DOS OBREIROS DA CATASTRÓFICA DESCOLONIZAÇÂO PORTUGUESA.
  • miguel queiroz
    19 jan, 2016 coimbra 11:08
    Paz a sua alma. Nós retornados conhecemos bem este homem.
  • Vera
    19 jan, 2016 Palmela 10:58
    Eu gostava deste Sr.! tenho pena... era um bom político, mostrou ser um bom presidente da AR... Sempre bondoso, sempre paciente... Quanto à descolonização, Srª Zita, estávamos a ocupar um território, que não nos pertencia e eles quiseram ser independentes!!! os que não quiseram ficar lá, vieram para cá! já têm filhos nascidos aqui e continuam cá, é porque gostam de nós!!! Não têm uma vida regalada! e nós ('outros' que tivemos que aguentar com a burrice do Sr. de Santa Comba Dão, também não temos! ou temos? alguns terão, ou têm!!! não sei muito bem! só sei que os colonizados que estão em Portugal Continental, a mim não me incomodam nada e têm todo o direito de escolha, de viver onde lhes apeteça! são cidadãos portugueses e se os respeitarmos, eles também nos respeitam! agora, se os pisarmos, eles também nos pisam! estamos em democracia? então eles têm os mesmos direitos! Somos todos filhos de Deus: brancos, negros, amarelos... todos temos coração, pensamento, todos sabemos rir e chorar.
  • Zita
    19 jan, 2016 Lisboa 08:42
    Obreiro da descolonização? Que obra? Aquela que colocou em território de Portugal Continental milhares de portugueses com as mãos fartas de trabalhar cheias de nada? Sem bens, sem casa, sem comer, sem rigorosamente nada? Chamam a isto "obra"? Mas o pior foi que ao entregar as colónias do modo com foi feito, nem os próprios, colonizados ficaram bem. Sem democracia, na extrema pobreza em que ainda hoje vivem a isto chamam obra? Obra para que? Para uma dúzia de famílias? É nem liberdade palavra tão cara aos democratas deixaram, vivem em ditadura, pobres como nunca, e a isto chamam obra? Pois é o que temos! Quando falarem pensem no que dizem, já não somos todos estupidos.

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