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"Alex" é o primeiro furacão no Atlântico em Janeiro em quase 80 anos

14 jan, 2016 - 17:06

Com ventos de 140 quilómetros por hora, o "Alex" evolui na direcção do arquipélago dos Açores.

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O ciclone “Alex”, que irá transformar-se em furacão na sexta-feira, é o primeiro fenómeno meteorológico desta natureza a acontecer no mês de Janeiro em quase 80 anos, de acordo com meteorologistas norte-americanos.

Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), é a primeira vez que um furacão se forma em Janeiro no oceano Atlântico desde 1938.

O instituto norte-americano alerta para a grande quantidade de chuva, a possibilidade de deslizamentos de terra, inundações repentinas e inundações costeiras significativas, acompanhadas de ondas grandes e destrutivas.

O ciclone “Alex”, com ventos de 140 quilómetros por hora, evolui na direcção do arquipélago dos Açores.

O director regional do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Diamantino Henriques, esclarece que "é a primeira vez que se forma um furacão nesta altura do ano no Atlântico desde que há registos sistemáticos", salientando que, por norma, "são fenómenos que ocorrem entre Agosto e Outubro nos Açores, mas no Atlântico são fenómenos que ocorrem entre Junho até Novembro.

"Trata-se de um furacão de categoria 1, a menos intensa de cinco categorias", adiantou Diamantino Henriques.

A meteorologista Vanda Costa, da delegação regional dos Açores do IPMA, adianta que o “Alex” "é apenas o quarto furacão conhecido no mês de Janeiro desde que há registos, ou seja, desde 1851".

O Governo Regional dos Açores recomendou o encerramento de todos os jardins-de-infância e creches das ilhas dos grupos central e oriental na sexta-feira devido ao agravamento do estado do tempo.

O executivo determinou ainda a não realização neste dia de actividades com alunos nas escolas dos diferentes ciclos nestes dois grupos.

O Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores já emitiu um alerta e recomendou a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas e a retirada de inertes e outros objectos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento, bem como a adequada fixação de estruturas soltas, como andaimes ou placards e outras estruturas montadas ou suspensas.

A Protecção Civil açoriana aconselha, também, a manter limpos os sistemas de drenagem e a consolidar telhados, portas e janelas, devendo a população ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas, não devendo praticar actividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar.

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